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“Falta transparência e fiscalização no comércio de lubrificantes”

20 Abril, 2016

Marco Pacheco, Diretor Comercial da Lubrigrupo, representante da Mobil em Portugal, acredita que o mercado de lubrificantes voltará a crescer em 2016, mas que a falta de transparência e fiscalização no setor leva a situações em que os lubrificantes são vendidos sem as aprovações que dizem ter.

Breve análise ao mercado de lubrificantes em Portugal?
Depois de uma quebra bastante acentuada entre 2012 e 2015, pelos motivos que se conhecem e que igualmente afetaram a quase totalidade dos sectores de atividade, pensamos que em 2016, e de acordo com os indicadores económicos que dispomos, o mercado voltará a crescer. Num mercado cada vez mais concorrencial e especializado é crucial que todos os intervenientes mantenham os níveis de exigência elevados.

Qual a maior dificuldade que o setor dos lubrificantes enfrenta em Portugal?
A falta de transparência e fiscalização no comércio de lubrificantes resulta em situações como as já observadas, em que os lubrificantes são vendidos sem as aprovações que dizem ter e obviamente, sem os certificados que as comprovam. A presença destes players, destrói o mercado e o trabalho daqueles que o fazem de boa-fé.

Que oportunidades existem para a comercialização de lubrificantes nas oficinas?
No mercado atual, em que o consumidor final está cada vez mais informado, as oportunidades que poderão existir nas oficinas passará muito pela evolução dos lubrificantes minerais e semissintéticos para os sintéticos. As vantagens destes estão sobretudo nos intervalos de mudança mais alargados e na potencial economia de combustível que muito interessará ao cliente final. No reverso da medalha, e na perspetiva de quem vende lubrificantes, pelo mesmo motivo, os volumes tendem a ser cada vez menores.

Em que sentido têm ido os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos ao nível dos lubrificantes?
As mais recentes inovações introduzidas estão diretamente relacionadas com propriedades de eficiência energética, como é o caso da potencial economia de combustível e dos intervalos de mudança de óleo mais alargados. Os lubrificantes sintéticos ajudam a assegurar um melhor desempenho e uma redução das perdas de energia mecânica, que resultam numa vantagem de economia de combustível quando comparados com os lubrificantes convencionais de base mineral.

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