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Norbat: “Quando uma bateria descarrega, 90% das vezes é má utilização”

18 Novembro, 2016
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Na sequência do dossier de baterias publicado na edição de novembro da Revista PÓS-VENDA (leia a edição neste link), publicamos as respostas de todas as empresas. Para ler todas as respostas clique neste link.

Pela Norbat as respostas são de Mafalda Trigo.

 

– Que análise faz do atual estado do mercado das baterias em Portugal?
É um mercado cada vez mais competitivo devido às múltiplas marcas que existem.

– Qual o peso que as baterias para veículos com start&stop já tem no nosso mercado e na vossa empresa?
Cada vez há e haverá, naturalmente, mais procura das baterias AGM – start&stop, mas neste momento ainda não são o tipo de baterias mais vendáveis. Significa cerca de 10% das vendas de baterias dentro da empresa.

– Quais os desafios hoje para uma bateria devido à maior exigência de energia dos automóveis?
O desafio para os produtores de baterias, que não é o nosso caso, é cada vez maior. Os veículos necessitam cada vez de maior potência, devido à eletrónica que os veículos têm, por um lado, mas devido às pretensões de baixo consumo e diminuição do peso das viaturas, pretendem um peso cada vez menor. Sendo a bateria um componente bastante pesado, é dos componentes onde se aposta na alteração de peso.

– As baterias para carros híbridos e elétricos vão trazer novidades importantes? Quais as diferenças nessas baterias? Que novidades vamos ver nas baterias nos próximos anos?
Este tipo de veículos vai, a curto prazo, revolucionar completamente o mercado das baterias, que terão de ter muito mais autonomia e baixar radicalmente o peso. Neste momento, este tipo de veículos, ainda não traz grandes vantagens, na minha opinião. Uma das maiores desvantagens destes veículos é a autonomia dos mesmos e o peso das suas baterias. Embora tenha havido avanços tecnológicos, para que as baterias proporcionem uma autonomia minimamente interessante, ainda pesam bastante cerca de 450kg. O tempo de vida útil de um conjunto de baterias poderá andar entre os 160.000 km e os 200.000 km, o que aliado ao seu custo de aquisição, ainda elevado, devido facto de ser produzido em pequenas séries, pode ser uma grande desvantagem ter que incorrer no custo de um conjunto novo ao fim destes quilómetros. Por outro lado, tem de ser feita por encomenda, o que significa que se tiver uma avaria grave, o veículo deixa de funcionar. Para que se tornem apelativas, terão de baixar os custos de produção, o que se consegue, com produções em larga escala. O valor dos veículos novos também precisaria de descer consideravelmente, pois a durabilidade dos componentes principais, não é tanta como um veículo comum.

– Quais os desafios e problemas que o inverno traz para as baterias?
A bateria funciona como uma reação química que produz eletrões e com o frio, essa reação química é mais lenta, o que leva a uma diminuição dos electrões. Colocar o motor a trabalhar – o arranque – é o que exige mais de uma bateria. Por isso, com o tempo frio, o motor de arranque tem menos energia e quando se tenta por em funcionamento, muitas vezes, é mais lento e não pega à primeira. Por outro lado, com a chuva e o frio, os veículos têm mais desgaste, pois, os condutores utilizam mais a chaufagem, os limpa para brisas, luzes, etc. Estas operações sobrecarregam os alternadores e se estes não estiverem a carregar devidamente, facilmente, descarregam uma bateria. As próprias alterações de temperatura drásticas são prejudiciais para a “saúde” da bateria, sejam estas de calor para frio, ou de frio para o calor.

– Quais os principais erros cometidos pelas oficinas no que diz respeito às baterias e como poderiam ter mais rentabilidade com elas?
As oficinas deveriam distinguir claramente uma garantia (defeito de fabrico), com uma má utilização de uma bateria. Quando uma bateria descarrega, 90% das vezes é má utilização e não um defeito de fabrico. Muitas vezes é outro componente do veículo que faz desgastar a bateria, como por exemplo, o alternador deficiente, uma luz que ficou toda a noite ligada, etc. Caso as oficinas fizessem o diagnóstico convenientemente, significava que vendiam mais baterias e logo ganhavam mais dinheiro.

– Quais as marcas de baterias que a vossa empresa comercializa?
Comercializamos a marca NORBAT e Exide, ambas de fabrico Exide.

 

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Mais informações em www.norbat.pt

 

 

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