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“Este ano, vamos implementar um sistema de identificação de oficinas e lojas com a marca Champion”, Salvador Llombart, Champion

16 Maio, 2025

Salvador Llombart, Country Manager da Wolf Oil Corporation, partilhou com a REVISTA PÓS-VENDA a estratégia de inovação da Champion, onde se destacam os produtos para veículos eletrificados, as soluções ecológicas e a nova estratégia de identificação e fidelização de parceiros à marca.

Artigo publicado na REVISTA PÓS-VENDA 113, de dezembro 2024 / janeiro 2025. Consulte aqui a edição.

Como tem evoluído nos últimos anos a Champion, ao nível dos veículos ligeiros, em termos de produto e de posicionamento no mercado?

Em termos de produto, a estratégia é cobrirmos todas as necessidades dos distribuidores. Até agora, sempre trabalhámos muito bem em óleos, com um catálogo muito amplo. E a parte dos refrigerantes era uma parte que tínhamos pouco desenvolvida dentro da empresa e para a qual sentíamos necessidade de dar serviço. Mas, há um ano atrás, foi feita uma inversão, para termos todas as máquinas, por forma a podermos poder produzir os nossos próprios refrigerantes. Remodelámos a linha de produtos e iniciámos uma linha de produtos estratégica e de futuro dentro da empresa.

Relacionada com os veículos elétricos?

Sim, principalmente por causa dos novos veículos, que não vão precisar tanto de óleos comuns. Porque a eletrificação, hoje em dia, é uma parte pequena do mercado, mas é um negócio que está a crescer, e o que pretendemos é dar uma solução aos nossos clientes. O que pretendemos é que o nosso distribuidor tenha sempre cobertura total dos produtos que precisa. Agora, estamos com as linhas de produtos, com as novidades e com os elétricos, que não levam óleo de motor, mas levam óleos de transmissões, por exemplo. Também incorporámos líquidos de refrigeração específicos para viaturas elétricas, e que têm compatibilidade com todas as baterias. São diferentes dos anticongelantes convencionais, utilizados no resto das viaturas.

O que diferencia a marca em relação à oferta que existe na concorrência?

Em termos de produto, há muitos que são standard, pois, neste setor, as especificações são muito parecidas, porque são os fabricantes de automóveis que definem as especificações a cumprir. Portanto, por vezes é difícil a diferenciação de produtos. O que fazemos muito diferente, comparativamente aos nossos concorrentes, é termos todas as novidades que acontecem no setor, mesmo que sejam pequenas mudanças, de pouco volume, mas que incorporamos imediatamente ao catálogo. Tentamos fechar toda a amplitude de produtos, para que o nosso distribuidor nunca precise de procurar uma marca alternativa. Que, no mesmo parceiro, possa encontrar tudo o que necessita para o seu negócio, seja para viaturas ligeiras, pesadas, etc. Além disso, temos uma grande diferença em termos de embalagens. Somos especialistas em dar todas as soluções de formatos, para que se adaptem a oficinas de várias dimensões. Nos últimos anos, crescemos muito com uma embalagem ecológica, de 20 litros, que se chama bag-in-box. Trata-se de uma caixa de cartão, que tem somente um pequeno saco plástico no interior. Por esse motivo, deixa muito menos resíduos que uma embalagem de plástico tradicional. Aí sim, marcamos muita diferença em relação aos nossos concorrentes, porque somos dos primeiros a incorporar este novo packaging, que tem tido grande aceitação, e continuamos a incentivar a sua utilização. Em termos de gama, a nossa estratégia passa por
ter oferta para tudo o que o cliente precisa, para que não tenha de ir procurar a outro local.

Em termos de sustentabilidade dos processos de produção, que medidas têm vindo a implementar?

Há várias medidas. Em primeiro lugar, a Wolf utiliza um sistema de placas elétricas solares na fábrica, e, praticamente, não compramos eletricidade do exterior. O objetivo é que a empresa seja 100% autónoma em termos de eletricidade. E também estamos a incorporar produtos de alta qualidade, que são os chamados re-refinados. É um refinado de alta qualidade, que estamos a introduzir, experimentalmente, em carros de competição. E provavelmente, no futuro, serão óleos que vão passar a ser utilizados em viaturas convencionais. A utilização nos carros de competição funciona como um teste. Estamos há cerca de um ano e meio com uma equipa de competição da Porsche, que apenas utiliza óleos re-refinados, e estamos a examinar como estão a trabalhar com os motores. E não é o típico refinado, que tem uma qualidade inferior. São refinamentos de alta qualidade, que são duplamente refinados, e que têm uma qualidade superior, inclusive, em relação aos óleos convencionais.

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