O quarto e derradeiro painel do Fórum ACAP / DPAI teve a moderação de Raquel Marinho (Bosch) e Patrícia Sénico (Roady) e abordou o tema a “Confiança e equidade, oficinas independentes com um serviço de qualidade competitivo”.
Neste painel estiveram presentes Mário Nogueira (Gutmann), Paulo Neves (Texa), Javier Rodriguez (SGS), Mário Maia (Bosch) e Hugo Pinto (TopCar). No início do painel falou-se sobre dados e informação técnica, com Mário Nogueira a dizer que com a digitalização acabou a “pirataria” nas oficinas, passando a haver muitos mais dados ao dispor das oficinas que passaram a ter a possibilidade de fazer a reparação segundo até os padrões das marcas.
Para Paulo Neves, atualmente, mesmo havendo muita informação disponível, não existe necessidade de a oficina comprar muitos equipamentos, ma sim o equipamento adequado, desde que seja certificado e que cumpra as normas europeias. Hoje os equipamentos de diagnóstico certificados podem ter acesso a quase todo o tipo de informações técnicas (incluindo a informação das marcas de automóveis) para quase todas as viaturas. “Atualmente estes equipamentos trabalham já com Inteligência Artificial, mas obviamente que isso tem um custo para as oficinas, mas que é muito compensador”, diz Paulo Neves, reconhecendo, contudo, que “o passthru não é ainda o fim de todos os problemas no acesso à informação técnica das marcas”.
Mário Maia diz que para além das dificuldades com o passatrhu o problema passa também a estar dentro das oficinas, pois é quase impossível fazer diagnóstico em todas as marcas, como é necessário ter uma internet estável e ter ainda conhecimento para trabalhar com todos dados das marcas, que variam muito de marca para marca.
A certificação SERMI foi o tema abordado por Javier Rodriguez. “Normalmente quando se houve falar no SERMI, as oficinas pensam logo que se trata de um custo… o objetivo do SERMI é permitir às oficinas que saibam que o carro que estão a manter ou reparar não seja, por exemplo, um veículo roubado, dando dessa forma proteção à oficina no serviço que está a realizar”, referiu Javier Rodriguez.
Representante de uma rede oficinal, Hugo Pinto, falou do desafio que é a certificação SERMI e o passthru (e o acesso à informação técnica em geral), dizendo que a aposta tem sido na formação e informação às oficinas da rede, como forma de as apoiar no acesso aos dados.
Ainda no decorrer deste painel foi dado destaque ao Programa Oficina de Confiança DPAI / ACAP, com a opinião de algumas oficinas que já implementaram este programa, abordando as vantagens que o mesmo trouxe para o negócio, nomeadamente na relação de confiança que trouxe para os clientes.
Este Programa Oficina de Confiança DPAI / ACAP revela as melhores práticas do setor ao todos os níveis, com Raquel Marinho a incentivar as empresas (oficinas) a apostarem neste programa como forma de credibilizar o setor da manutenção e reparação automóvel.