O Fórum DPAI / ACAP, que hoje se realizou em Lisboa, reuniu quase 300 profissionais do setor do pós-venda automóvel, ficando bem patente a confiança que os operadores têm no momento atual do negócio de peças auto. Quanto ao futuro…
Não existe dúvidas de que o setor do pós-venda precisa deste tipo de eventos. Os temas escolhidos para a edição deste ano foram distintos face a 2023, mas pelos diversos oradores presentes que apresentaram os temas deste ano, fica-se com uma ideia do bom momento que o setor atravessa em Portugal. Numa sondagem feita entre todos os que estiveram presentes neste evento, ficou bem patente que o crescimento do setor será de 5 a 10% em 2024, face a 2023.
Falou-se também das ameaças ao setor do aftermarket independente, da importância da digitalização do setor, do impacto que poderá ter a inteligência artificial nos negócios do aftermarket, tendo ficado a ideia, devido às declarações de alguns oradores, que mais vale atender às preocupações do momento (muitas vezes ditadas por alterações legislativas, pela tipologia do parque, etc) , do que estar a pensar seriamente de como vai ser o futuro.
Aqui deixamos por tópicos algumas tendências que saíram do Fórum ACAP / DPAI:
– O número de fusões e concentrações vai abrandar nos próximos anos no setor aftermarket;
– Marcas de automóveis querem chegar-se cada vez mais próximo do aftermarket;
– Aftermarket leva muita vantagem (face ao OEM) em relação à dinâmica dos negócios relacionados com as peças;
– Inteligência artificial pode trazer muitos mais dados para estudar o setor e permitir tomadas de decisão muito mais rápidas;
– A União Europeia vai caminhar da sustentabilidade para a competitividade das empresas e da económica;
– A reparabilidade das peças deve ser garantida desde a fase de desenho do veículo;
– O acesso à informação está cada vez mais complexo, nomeadamente para as oficinas;
– Os investimentos em inovação vão aumentar como forma de dar novas respostas ao negócio;
– Cibersegurança vai ser um tema muito sério no setor automóvel;
– Envelhecimento do parque vai impulsar setor das peças até 2030;
– Negócio de peças pode abrandar após 2023 por causa da eletrificação do parque;