A Japopeças teve um ano de 2024 muito positivo, e entrou em 2025 com o foco no desenvolvimento da sua plataforma online. Assim o explicou à PÓS-VENDA Luís Almeida, diretor-geral da empresa.
Quais foram os principais desafios que enfrentaram na vossa operação durante o ano de 2024? De que forma os ultrapassaram?
Garantir estabilidade de preços e assegurar stock disponível foram os nossos maiores desafios em 2024 que se explicam em grande medida pelos constrangimentos ocorridos no transporte marítimo internacional que levou a uma reconfiguração das rotas com elevado impacto tanto no custo como no tempo de trânsito, o que se provoca em última instância possíveis ruturas de stock e aumento dos preços da mercadoria. A Japopeças tem como aposta permanente elevados níveis de stock o que nos tem permitido absorver tanto quanto possível choques externos que têm sido recorrentes desde 2020 inicialmente por via da pandemia e agora pelo contexto global com guerras em diversas latitudes!
Como evoluiu o vosso negócio no mercado português em 2024?
Ainda sem contas fechadas de 2024, certo é que a Japopeças alcançou um crescimento na ordem de 5% o que, dadas as vicissitudes acima descritas, consideramos um excelente resultado só possível de ser alcançado pelo contributo dos nossos parceiros que nos distinguem com a sua preferência e confiança e aos quais gostaríamos de agradecer. Destacamos a evolução da marca CTR, fabricante OE Coreano, que já granjeia o reconhecimento do mercado português e a introdução de duas novas marcas FEBEST e JAPACO que têm especial protagonismo no segmento de aplicações para asiáticos.
Quais as tendências no aftermarket que irão determinar a atividade da vossa empresa em 2025 (digitalização, eletrificação, sustentabilidade, falta de mão-de-obra,…)?
Destaco a digitalização como a mais premente e aquela que centrará todas as atenções no contexto particular da Japopeças uma vez que reconhecemos que temos que melhorar a nossa plataforma online, que é da maior importância para os nossos clientes.
Temos caminho feito na área da sustentabilidade destacando a economia circular em prática no embalamento.
No que concerne à eletrificação não negligenciamos o impacto futuro que terá sendo um facto que no presente ainda não tem uma mancha significativa na atividade do aftermarket português. Por fim, a falta de mão-de-obra, mais do que a inexistência de mão-de-bora, a dificuldade prende-se com encontrar e reter pessoas com as capacidades técnicas que o nosso sector requer ou o tempo necessário para formar as pessoas a desenvolver essas competências.
Que estratégias planeiam implementar este ano, para se adaptarem aos desafios e oportunidades atuais do mercado?
2024 foi um ano em que o foco esteve no desenvolvimento do nosso catálogo com o alargamento das aplicações para europeus e introdução de novas marcas e produtos, trabalho a que daremos continuidade. Contudo, para 2025 estrategicamente o nosso maior foco será o desenvolvimento da nossa plataforma online que nos permita oferecer no serviço online a qualidade que já somos capazes de assegurar pelos meios tradicionais.