A Ferdinand Bilstein disponibiliza ao mercado uma nova gama de amortecedores hidráulicos e a gás febi para veículos comerciais ligeiros. Filipa Pereira aborda este tema, e faz uma análise deste mercado em Portugal.
“A nossa gama de amortecedores febi para LCVs é uma completa novidade, pois foi lançada há apenas algumas semanas. Nesta primeira fase o foco foram os veículos comerciais, mas, para breve, teremos o lançamento da segunda fase, inteiramente dedicada aos veículos ligeiros convencionais”, explica Filipa Pereira.
Quais os desafios colocados em termos tecnológicos para os amortecedores, sobretudo para os novos veículos elétricos?
Os veículos elétricos, devido às baterias, são mais pesados do que os veículos a combustão. Esta diferença de peso vai exigir que os amortecedores sejam mais robustos e duráveis, o que deverá incluir o desenvolvimento de novos materiais e soluções que mantenham a eficiência sem comprometer o conforto. A ausência de ruído do motor elétrico faz com que outros ruídos do funcionamento do automóvel se tornem mais evidentes, tais como os da suspensão. Assim, os amortecedores vão precisar de funcionar com menor ruído, o que poderá acontecer através da melhoria na qualidade dos vedantes, juntas e outros componentes. Com a ascensão dos veículos elétricos, os amortecedores terão de vir a ser compatíveis com sistemas de chassis inteligentes e outras tecnologias típicas destes veículos. Estes poderão ser alguns dos desafios que os fabricantes de amortecedores poderão preparar-se para enfrentar.
Como caracterizam o atual estado do mercado de amortecedores em Portugal?
Quais os principais desafios e oportunidades?
O mercado atravessa uma fase de transformação, sobretudo motivada por mudanças tecnológicas, alterações nos hábitos de consumo e pelo crescimento dos veículos elétricos. Os principais desafios serão sobretudo a adaptação à eletrificação e à predominância de veículos com energias alternativas e que vão obrigar a ajustes neste artigo. Paralelamente, existem outros desafios, transversais a outros produtos, tais como a escassez de recursos humanos qualificados e a necessidade de adaptação das oficinas aos novos desenvolvimentos tecnológicos, entre outros. Como para um conjunto de desafios existe sempre um de oportunidades, podemos apontar o crescimento da gama de veículos elétricos que fará com que a oferta de amortecedores específicos para estes veículos tenha de ser adaptada às suas características. Podemos apontar ainda outras oportunidades como a inovação em produtos e serviços, a digitalização, e as emergentes formas de interagirmos com distribuidores e oficinas e bem como a sustentabilidade, sem dúvida uma das grandes oportunidades dos próximos anos. O aftermarket no geral, e o negócio de amortecedores em particular, continua em evolução, e espera-se que para modelos mais tecnológicos e sustentáveis. Não só os aqui mencionados, mas também outros desafios e oportunidades serão cruciais para ditar o sucesso no futuro.
De que forma se poderá sensibilizar as oficinas para a importância da verificação dos amortecedores para a segurança dos veículos?
A formação é um dos passos mais importantes para transmitir às oficinas a importância deste componente, ainda que isto seja transversal a mais produtos. O recurso a dados precisos, testes reais e outros tópicos, poderá ser uma forma de abordar o tema, fazendo com que a transmissão da mensagem seja eficaz. Os materiais de marketing divulgados pelos fornecedores são também relevantes e podem ser um importante e relevante meio de comunicação, onde se podem, e devem, incluir informações fidedignas e com uma mensagem clara e direta sobre a importância deste componente de segurança.
Qual a cobertura atual do parque circulante das vossas gamas de amortecedores?
A nova linha de amortecedores para LCVs oferece mais de 120 produtos para marcas e modelos de veículos populares, abrangendo mais de 18 000 aplicações e mais de 90% da atual procura de amortecedores para LCVs.









