É uma das grandes referências do retalho de peças no interior de Portugal. A JF Auto Peças é uma empresa que soube adaptar-se ao seu mercado e está preparada para tudo o que o futuro reservar.
TEXTO PAULO HOMEM
Depois de 11 anos a trabalhar numa pequena casa de peças, José Fortunato decidiu que estava na altura de se lançar por conta própria no final do ano 2000. Começou com uma pequena casa de peças dentro da cidade do Fundão (que ainda hoje funciona), mas nem três anos depois ficou evidente que para evoluir não se podia manter apenas naquela localização.
A empresa mudou-se para a Zona Industrial do Fundão para umas instalações mais funcionais, sendo que há seis anos, apesar de se manter na mesma zona, passou a ocupar um outro pavilhão ainda maior, com 1.200 m2 de área (mais 800 de parque).
Na lógica de proximidade aos seus clientes, a JF Auto Peças inaugurou na Covilhã há três anos, também na zona industrial, uma outra loja. “O que tem sido um elemento diferenciador na nossa atividade é o trabalho de proximidade que temos mantido para com o nosso cliente”, refere José Fortunato, gerente da empresa, dizendo que “outro aspeto diferenciador tem muito a ver com a forma como lidamos e atendemos aos pedidos do nosso cliente, disponibilizando sempre um conjunto de soluções que não defraudem as suas expetativas”.
Na visita às instalações da JF Auto Peças no Fundão, a imponência do edifício deixa também a transparecer a aposta que a empresa faz na qualidade das suas representações e dos produtos que comercializa para as oficinas. “Digamos que na região em que nos inserimos temos que disponibilizar ao cliente um misto entre a qualidade e o preço. Todos gostamos de oferecer qualidade, até como forma de evitar reclamações e dar confiança ao cliente do produto que vendemos, mas temos que nos adaptar aquilo que os clientes nos pedem e que tem a ver com a idade dos carros que recebem para trabalhar. Dessa forma temos que recorrer a segundas linhas, mas sempre com a perceção daquilo que será melhor para o cliente, surgindo então a alternativa de preço que também disponibilizamos”, explica José Fortunato.
A venda de peças de aftermarket requer sempre dos operadores de retalho uma atualização constante. Na JF Auto Peças o foco tem sido também na diversidade e disponibilidade do stock, “associado a marcas e a grossistas que proporcionam sempre as melhores condições para se resolver os problemas dos nossos clientes”, refere o mesmo responsável.
Do ponto de vista logístico a JF Auto Peças tem em cada ponto de venda, para além do balcão, uma carrinha de entrega e ainda uma equipa de comerciais que também fazem a distribuição. “Funcionamos como um INEM para os nossos clientes na zona das nossas lojas, mas depois investimos em rotas definidas para servir os restantes, pois estamos numa região muito desertificada, onde a distância é um problema”, refere José Fortunato.
Muito importante no retalho de proximidade no interior é a figura do comercial. O estabelecimento de relações humanas entre os responsáveis da oficina e os comerciais acaba por ser fundamental, pelo que o conceito de proximidade assume uma importância fundamental também no negócio da JF Auto Peças. “Não digo que o preço também não seja importante, assim como a disponibilidade de stock e as entregas, mas aqui valorizam-se ainda outros fatores”, explica o mesmo responsável, que gere uma equipa de 16 profissionais das peças.
O facto de estar no interior não quer dizer que o setor oficinal não se tenha atualizado no entender de José Fortunato, que afirma que “as oficinas da nossa região sempre souberam se adaptar à evolução do mercado automóvel e assim continuará a ser no futuro. A evolução tecnológica é grande, mas as oficinas têm vindo a acompanhar e a verdade é que o mercado do aftermarket tem crescido”.
Com grossistas a assumirem a posição de retalhistas e retalhistas a fazerem cada vez mais importações, assiste-se no mercado a uma contínua desconstrução do conceito tradicional do aftermarket.
Sobre este assunto, José Fortunato diz que “temos feito acordos com diversas empresas e tem sido através delas que temos alcançado também o nosso sucesso, como é o caso da TRW, AutoZitânia, Auto Delta, Krautli e Vauner. Enquanto operadores do interior não faz sentido apostar em importações, nesta fase, e não quer dizer que um dia não mudemos de opinião. Temos que estar atentos e temos que estar preparados para tudo”.
O responsável da JF Auto Peças diz que existem algumas ideias na conceção do negócio para o futuro, mas para já “temos feito um bom trabalho com os nossos fornecedores, que nos permitem ter uma boa oferta de produto e com bom posicionamento de preço”.
A empresa está também atenta às novas tecnologias, como está a aberta a possibilidade de investir em novas localizações, como ainda em áreas de negócio complementares. Contudo, José Fortunato é de opinião que “até as coisas estarem garantidas não poderei confirmar nada. Esta tem sido a nossa forma de estar que iremos manter. Primeiro fazemos e depois e que comunicamos”.
Refira-se para terminar que nos dois últimos anos a empresa foi duas vezes consecutivas PME Excelência, “o que é sempre um bom sinal para o mercado, que nos obriga a uma readaptação constante”refere o seu responsável.
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