Ernst Prost, CEO da Liqui Moly, explica, numa carta aos jornalistas, de que forma a Liqui Moly tem gerido a situação de falta de matérias primas e outras dificuldades originadas pela pandemia.
Leia a carta abaixo:
“Caras e caros jornalistas, caras e caros redadoras e redatores, Se quisermos passar de uma montanha alta para outra montanha ainda mais alta, temos de voltar primeiro ao vale. O coronavírus é mais do que um vale. É um buraco fundo que engole a vida, a saúde e a felicidade, e também destrói postos de trabalho, meios de subsistência e empresas. Identificámos esta ameaça no ano passado e sentimos o que estava a chegar. Por isso, atirámos tudo o que tínhamos – mas mesmo tudo – para esta batalha. Passámos anúncios publicitários na televisão e na rádio, lançámos campanhas publicitárias em quase todos os jornais e revistas. Em vez de ficarmos paralizados m estado de choque, revoltamo-nos corajosamente. Em vez de recorrermos a lay-offs, contratámos 100 pessoas. Com esta enorme aposta em pessoas e atividades de venda e marketing, lutámos com todas as nossas forças contra todas as dificuldades que o coronavírus nos colocou. Nada de lamentações medrosas e de queixas pedantes. Temos é de pôr mãos à obra! Não houve um único dia em que tenhamos recuado ou abrandado o ritmo. Aliás, além de muito otimismo, havia uma obsessão positiva na empresa.
Admito que fui muitas vezes confrontado com perguntas, dúvidas e críticas em relação à nossa estratégia. Foi preciso muita perseverança e confiança para continuarmos a trilhar imperturbavelmente o nosso caminho. Ainda hoje me chegam “opiniões de peritos” exortativas e apreensivas: “Então? Está a funcionar o que vocês estão aí a fazer?” Além da mera garantia de subsistência dos nossos postos de trabalho e da garantia de abastecimento de mercadorias a 100% para os nossos clientes, foi e continua a ser importante para mim mostrar e provar que tudo é possível quando as pessoas têm boa vontade, perseguem um objetivo comum e trabalham de forma árdua, muito árdua. União, coesão, junção de esforços, solicitude. Parece ingenuidade para alguns, mas para mim, é a base do sucesso.
Após o aumento de 19% do volume de negócios em março, registámos em abril a sensacional melhor marca de 60% de aumento do volume de negócios num mês. Volume de negócios de 60 milhões de euros. O segundo melhor valor na nossa história empresarial deste ano depois dos 65 milhões de euros de volume de negócios em março… Para o caso de alguém vir dizer que o trabalho, a coragem e o zelo não compensam. Se quisermos subir montanha após montanha e bater sempre novos recordes, as feiticeiras não ajudam e o sumo de ursinhos de goma que dá poderes mágicos, também não. De certeza que ainda se lembram da Bibi Blocksberg e dos gummi bears. Em caso de perigo e em situações de crise, só ajuda agir de forma esperta e trabalhar duro. É mesmo isso: trabalhar de forma realmente árdua. Cada um no seu cargo, numa equipa coordenada. O que mais há de interessante? Muito poucas matérias-primas, materiais de embalagem e contentores de transporte marítimo. E o carregamento extra de matérias-primas custa duas vezes mais do que há um ano. Atualmente, a produção e a expedição são extremamente difíceis e complicadas. Mas também não nos queixamos desta situação: produzimos em três turnos e ao sábado, em mais um turno. Estamos afogados em encomendas, mas as mercadorias faltam. Mas nos últimos 30 anos, houve vezes em que aconteceu precisamente o contrário. :-) A vida é assim: às vezes, corre bem; outras vezes, corre mal. E, se fizemos o que está certo, depois da tempestade, vem a bonança. Foi isso que provamos de forma muito evidente com o nosso volume de negócios do primeiro quadrimestre. Nos primeiros
quatro meses de 2019, antes do coronavírus, registámos um volume de negócios de 162 milhões de euros. Dois anos depois – ainda mergulhados na crise do coronavírus – chegamos aos 228 milhões de euros. São mais 66 milhões, ou seja, um crescimento de 40%.
q.e.d.
Com os meus melhores cumprimentos,
Ernst Prost
Diretor”