Durante os primeiros seis meses do ano as associadas da ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado, concederam um total de 2.805 milhões de euros, sendo que 70% foi para meios de transporte.
Esta subida no crédito atribuído deveu-se, essencialmente, ao aumento do crédito stock em 18,6 por cento e à subida do crédito clássico concedido a particulares em 31 por cento. Estes dois tipos de crédito representam as maiores fatias no total do financiamento: 47 por cento no caso do crédito a fornecedores (stock) e 29 por cento no crédito clássico, em que 94 por cento é atribuído aos particulares. O crédito revolving acompanhou a tendência do mercado e subiu sete por cento nos primeiros seis meses do ano, quando comparado com o mesmo período de 2014.
Em contraciclo, verificou-se uma retração na atribuição de crédito clássico às empresas em cerca de 14 por cento, representando este tipo de financiamento seis por cento do total do crédito clássico atribuído.
Relativamente ao destino dos montantes concedidos no crédito clássico, nos primeiros seis meses do ano 70% foi para aquisição de meios de transporte, tendo-se registado um aumento de 28 por cento quando comparado com o mesmo período de 2014. No que respeita ao crédito pessoal, que representa 20 por cento do total de crédito clássico, verificou-se uma subida de 46 por cento entre janeiro e junho deste ano face ao mesmo período de 2015.
Oito por cento do crédito clássico foi atribuído para a aquisição de artigos para o lar, o que releva um crescimento de cinco por cento face ao período homólogo.
No segundo semestre deste ano foram celebrados 149.938 contratos de crédito clássico, dos quais 98 por cento com particulares, o que reflete um aumento de 13 por cento face ao período homólogo. Em média, o valor atribuído por cada contrato entre janeiro e junho de 2015 foi de 5.437 euros, o que representa uma descida de 43 por cento comparativamente com o mesmo período de 2014.
Segundo o presidente da ASFAC, António Menezes Rodrigues, “estes números vêm confirmar a tendência de crescimento a que temos vindo a assistir e refletem a retoma da economia e, consequentemente, o aumento da confiança dos portugueses. Contudo, os valores totais de concessão estão muito longe do que se verificou antes da crise, o que revela uma recuperação sustentada do recurso ao crédito especializado”.