Um estudo recente da CarVertical revela que Portugal regista a maior percentagem de recalls entre os 26 analisados, com muitos veículos a circularem sem terem sido reparados.
Segundo a análise da carVertical, 18,2% dos automóveis inspecionados em Portugal tinham sido alvo de pelo menos uma campanha de recolha. Destes, apenas 38% tiveram os problemas resolvidos, o que significa que a maioria continua a circular com defeitos pendentes ou desconhecidos. Portugal lidera o ranking europeu, seguido pela Grécia (17,6%), Espanha (14,5%), Bulgária (13,9%) e Alemanha (11,5%).
Por outro lado, os países com menos recalls registados foram o Reino Unido (3,1%), a Bélgica (3,1%) e os EUA (3,2%). Estes números sugerem que, em algumas regiões, os condutores estão mais atentos à manutenção dos seus veículos e ao cumprimento das campanhas de recolha.
“Com o avanço da tecnologia e a maior integração de componentes eletrónicos, é normal que haja um aumento no número de recalls. O problema é que muitos condutores ignoram estas campanhas e continuam a utilizar os veículos sem efetuar as reparações necessárias”, alerta Matas Buzelis, especialista automóvel da carVertical.
A CarVertical lembra que, ao comprar um automóvel usado, é fundamental verificar se o modelo tem recalls pendentes e se as reparações necessárias foram feitas. Consultar bases de dados online, contactar fabricantes e concessionários autorizados pode fazer a diferença entre conduzir um veículo seguro ou um com falhas críticas.