Um estudo recente da empresa de dados automóveis CarVertical revelou que a BMW lidera a lista de marcas com maior histórico de danos em Portugal, no mercado de veículos usados.
Segundo a pesquisa, 84,6% dos BMW verificados apresentavam registos de acidentes, exigindo um cuidado redobrado por parte dos compradores de automóveis usados. O estudo analisou milhares de históricos de veículos verificados em 2024, identificando que as marcas MINI (81,3%), Porsche (72,4%), Volkswagen (57,9%) e SEAT (54%) também figuram entre as mais danificadas. Estes dados indicam que os veículos potentes e de luxo são mais propensos a acidentes, o que pode resultar em custos de manutenção elevados e dificuldades na revenda.
Segundo Matas Buzelis, especialista do mercado automóvel e Diretor de Comunicação da carVertical, “muitas vezes, um automóvel é danificado num país, reparado a baixo custo, e depois vendido noutro país. Em Portugal, os veículos têm acidentes, em média, a cada 5 a 10 anos, e a idade média dos veículos verificados é de 8,5 anos, o que sugere que muitos já sofreram pelo menos um acidente”.
O estudo também analisou os custos médios de reparo, concluindo que os veículos da Porsche têm o maior prejuízo médio por acidente (12 135 €), seguidos pela BMW (5442 €) e Jaguar (5256 €). No extremo oposto, os modelos da Opel (2073 €), Alfa Romeo (2338 €) e SEAT (2545 €) registaram os valores mais baixos de danos.
Em contraste, os modelos compactos apresentam menores registos de danos. A Toyota (14,6%), a Opel (17,0%) e a Mazda (19,9%) destacam-se como as marcas mais seguras neste aspeto.
A BMW também lidera a lista de carros mais danificados em outros países, com uma taxa global de 66,7%, seguida pela Hyundai (62,1%) e Subaru (59,5%). Os resultados sugerem que veículos potentes estão mais propensos a acidentes, muitas vezes devido à condução agressiva dos proprietários.
A pesquisa baseia-se em relatórios históricos adquiridos pelos utilizadores da carVertical entre outubro de 2023 e outubro de 2024. Os dados foram recolhidos de mais de 900 bases de dados internacionais, incluindo entidades policiais, seguradoras e instituições financeiras.
Para evitar surpresas desagradáveis, especialistas recomendam que compradores de automóveis usados verifiquem sempre o histórico do veículo antes da aquisição.
