É na Mealhada que a Centropeças tem o seu quartel general há mais de 35 anos. Apesar da forte concorrência que tem por todos os lados, a empresa faz do conhecimento, união e da proximidade aos clientes a sua força. E a verdade é que continua a crescer!!!
Depois de 18 anos como mecânico, um imponderável da vida levou Mário Cerveira para as peças, abrindo com um sócio, a Centropeças em 1986. Como sabia bem quais eram as necessidades dos mecânicos, rapidamente a empresa foi ganhando relevância no setor, ao ponto de 10 anos depois de abrir portas, mudou-se para as atuais instalações, construídas de raiz para este efeito. “Os tempos são outros e vender peças agora nada tem a ver com o que era há 35 anos”, comenta com alguma nostalgia Mário Cerveira, dizendo que “curiosamente cerca de 60 a 70% dos nossos clientes atualmente foram pessoas que trabalham comigo”.
É esta relação de muita proximidade que a Centropeças nunca quis perder e que ainda hoje é um dos fatores de diferenciação que tem neste mercado de retalhistas de peças auto na região da Mealhada. Isso também é válido para algumas das marcas com que trabalha, com Mário Cerveira a recordar que “no início fomos agentes da Conde Barão, que passou a Lucas e que agora é TRW, que é uma das marcas mais importantes no nosso portfólio atual”. A política de produto seguida pela Centropeças sempre esteve orientada para as marcas de qualidade do aftermarket, muito ditada também pela preferência dos clientes. Meyle, Motul, Mahle, Continental, TRW, Lucas, Schaeffler e Sachs são algumas das apostas deste distribuidor (fornecidos preferencialmente pela Autozitânia, TRW, Auto Delta e Vauner), referindo Mário Cerveira “que nunca fomos conhecidos por termos produto barato nem por termos material que desse problemas. Essas referências ainda hoje se mantém e fazem com que os clientes confiem muito naquilo que lhes vendemos”.
Apesar de serem marcas de qualidade, são também marcas que muitos outros retalhistas comercializam, pelo que o responsável da Centropeças diz que “não é fácil trabalhá-las, por isso hoje é precisar estar mais próximo dos clientes, visitá-los e mostrar-lhes a nossa oferta”. A diversificam de produtos nos últimos anos passou pela inclusão de material de chapa, até porque alguns clientes da Centropeças têm oficinas de mecância e colisão, assim como a venda de material elétrico, tendo em conta que “atualmente vende-se muito sensor e outros componente elétricos”, refere Mário Cerveira.
EVOLUÇÃO NA DISTRIBUIÇÃO
Com uma clientela muito fidelizada e de proximidade, o balcão continua a ser muito importante e muito “forte” na atividade da Centropeças, mas os tempos exigiram novas dinâmicas. “Temos a nossa distribuição própria que temos vindo a desenvolver constantemente. Atualmente estamos a passar às 9 horas, 11 horas e 14 horas nas oficinas, tendo também já distribuição às 16 horas… e alguns clientes ainda o queiram mais”, explica o decano profissional da Centropeças, dizendo que “cada vez mais as entregas estão a superar o balcão e se não formos nós alguém passará lá a entregar”.
A digitalização é um tema caro à Centropeças. Diz Tiago Cerveira, que gere também este retalhista, que “esta será praticamente a única situação onde nos sentimos um pouco ameaçados pela concorrência, pois ao nível do produto, das marcas, da distribuição, das entregas estamos no mesmo plano no mercado”. Por esse facto, a Centropeças já iniciou o projeto de desenvolvimento de uma plataforma de peças B2B, pois entende Tiago Cerveira que “já servimos algumas oficinas que estão muito bem estruturadas e que estão aptas a usar este tipo de plataforma, pois sabem que a mesma é uma mais valia para o seu negócio”.
Atendendo à boa relação que tem com os seus fornecedores, a Centropeças está também apostada em dinamizar conceitos oficinais. Neste momento já tem algumas CGA Car Service, dizendo Tiago Cerveira que isso é importante para fidelizar ainda mais os seus clientes oficinais mas também é muito importante para as oficinas, se souberem aproveitar tudo o que lhes é oferecido, nomeadamente o acesso a formação, dados técnicos, etc. “Temos notado que alguns dos nossos clientes têm aproveitado a formação que têm ao dispor por via dessas parcerias”, refere Mário Cerveira que diz que a Centropeças sempre dinamizou formação com alguns fornecedores e neste momento têm um espaço nas suas instalações onde nascerá precisamente uma sala de formação técnica até porque “cada vez existem melhores oficinas, mais bem apetrechadas e que valorizam muito o conhecimento técnico”.
Sobre o mercado, Tiago Cerveira diz que na zona onde a Centropeças opera não sente que a concorrência venha do lado dos seus grossistas de peças, afirmando mesmo assim que “o mercado está mais agressivo, isso é um facto. Trata-se de uma realidade que conhecemos mas que não notamos muito nos nossos clientes. Porém, a concorrência de outros retalhistas é muito grande e todos operam nesta zona, apesar de a Centropeças ser a única casa de peças que está na Mealhada”.
CENTROPEÇAS
Mealhada
Tiago Cerveira
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Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 74 de novembro de 2021. Consulte aqui a edição.