A RodriguesTyres prossegue com o seu projeto grossista ao nível dos pneus, depois de um ano de 2022, que José Rodrigues, gerente da empresa, considera de muita mudança.
Que ensinamentos se podem tirar de 2022, ao nível do negócio grossita de pneus, para os próximos anos?
O ano 2022 foi um ano de muita mudança tanto ao nível do normal funcionamento de cadeias de abastecimento do sector como se falarmos do posicionamento benchmark para muitas reconhecidas marcas.
As cadeias de abastecimento sofreram bastante por variadíssimos razões, a nível macroeconómico a guerra da Ucrânia teve consequências que há muito que os mercados não sofriam. O consequente aumento do preço de energia em toda a Euroepa e a escassez de importantes matérias primas do sector provocaram um crescimento ainda mais acentuado da inflação que assistimos Pós-Covid. Ora, um efeito que se fez notar em toda atividade grossista no primeiro semestre de 2022 com o aumento acentuado do negocio SELL-IN e, de um modo geral para toda a cadeia de valor do negócio de pneus desde o fabricante ao consumidor final.
O ponto de inflexão das taxas Euribor e a estabilidade do pricing para o segundo semestre significou um ligeiro abrandamento para o 2º semestre de 2022. Naturalmente, o sentimento negativo dos mercados deveu-se à alteração da realidade (já esperada) económica, consequência do aumento da taxa Euribor, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015.
De um modo particular, e no seguimento da nossa estratégia o ano foi positivo dentro do nossos objetivos, assistimos a um crescimento sustentado de 20% no VN sem comprometer a atividade ou os compromissos financeiros.
Mesmo com a inflação e com as dificuldades no abastecimento, qual o balanço que fazem da vossa atividade em 2022?
A introdução de novas marcas no nosso portefólio de produtos foi uma experiência muito enriquecedora para o projeto RodriguesTyres, que acabou por cimentar cada vez mais a nossa presença como uma player mais ativo no plano da distribuição de pneus com mais opções em todos os segmentos, desde os pneus ligeiros, comerciais, pesados, agricultura, engenharia civil e moto. Este foi o facto mais marcante para a nossa empresa em 2022, conseguimos mais proximidade e soluções para os nossos parceiros de modo a conseguirmos juntos, alcançarmos os objetivos pretendidos.
Quais são os cenários mais prováveis para 2023, que possam condicionar (positiva ou negativamente) a atividade em Portugal?
Logicamente antecipar 2023 não é uma tarefa fácil depois de assistirmos as alterações macroeconómicas dos últimos anos, no entanto um cenário de continua adaptabilidade aos mercados tanto ao nível de relacionamento SELL-IN como SELL-OUT será uma realidade para cada atividade e, que originará perdas mas também grandes oportunidades. A Rodrigues Tyres irá continuar com uma estratégia de 360º de soluções ao mercado com um ampla oferta em todos os segmentos de preço para todos os parceiros.
Quais são as perspetivas da vossa empresa para 2023? Vai haver novos investimentos?
Em 2023, iremos apresentar algumas novidades aos nossos clientes tanto a nível de ofertas disponíveis como de rentabilidade extra. As nossas perspetivas para 2023 continuam bem assentes numa estratégia de crescimento sustentado dentro do que delineamos desde o inicio deste projeto.