A Spinerg, Macro Distribuidor da Shell em Portugal, não esperou pelos “acontecimentos” para tomar medidas em relação à desaceleração do mercado dos lubrificantes auto. Catarina Bastos, do marketing da Spinerg, explica o que a empresa tem vindo a fazer para apoiar os clientes oficinais.
Qual o impacto que esta crise pandémica teve no setor dos lubrificantes auto em Portugal (ao nível do aftermarket)?
A crise pandémica teve um forte impacto no mercado de lubrificantes em Portugal. Segundo os dados da DGEG, o mercado sofreu uma quebra, em 2020, de 11% face ao ano anterior, em termos de volume. No que toca aos lubrificantes de motor para veículos ligeiros esse impacto foi de 14%, e nos lubrificantes para pesados de 9%. São dados que corroboram as enormes dificuldades que o sector do aftermarket sentiu durante este período, em que todo o sector teve que se reinventar por forma a fazer face à escassez de serviços.
Que medidas foram e estão a ser tomadas para se potenciarem as vendas neste momento junto das oficinas? O que mais potenciou as vendas neste momento (o digital, as promoções, as campanhas, etc)?
A Spinerg fez um trabalho, ainda durante o 1º confinamento, de perceber as potenciais necessidades que o novo contexto de confinamento trouxe para os seus clientes, e criou um programa para a retoma. Demos robustez aos nossos Programas para as Oficinas, nomeadamente o Programa de Fidelização e Programa das Oficinas Shell Helix Premium, criámos uma campanha de promoção das Oficinas de Bairro, inserimos no nosso portfolio produtos relacionados com a higienização, criámos novas embalagens em tipologias mais flexíveis para evitar a criação de stock, e respondemos sempre a pedidos específicos dos nossos Clientes para situações de dinamização do seu negócio.
O que o futuro poderá reservar para o negócio de lubrificantes em Portugal, tendo em conta (ou não) os efeitos da pandemia?
Da nossa parte, a resposta para o futuro do negócio dos lubrificantes é clara e muito direcionada: sustentabilidade. Os nossos produtos Premium das gamas automotive vão ser Neutros em Carbono. Vamos introduzir no mercado português, produtos lubrificantes que incorporam a mesma tecnologia Gtl, oferecendo elevados níveis de desempenho e cumprimento de normas, mas que são, ao mesmo tempo, neutros nas emissões de carbono e proporcionam maior economia de combustível.
Um consumidor final vai poder perceber, depois de fazer uma mudança de óleo com um lubrificante de motor 0W, a quantidade de emissões que reduziu e a poupança de combustível que poderá obter com a sua viatura, de forma personalizada. As oficinas poderão sensibilizar o seu cliente final ao fazerem evidência da quantidade total de emissões que conseguiram evitar por utilizarem produtos da gama Shell Helix Ultra 0W. Esta nova forma de abordar o aftermarket, completamente pioneira no nosso país, vai permitir às oficinas que utilizem produtos Shell Helix Ultra 0W de se diferenciarem no mercado e contribuírem de forma activa e tangível para a redução das emissões de carbono, fazendo o seu papel para um planeta mais sustentável.
Em que ano o negócio dos lubrificantes poderá atingir, por exemplo, o desempenho que demonstrou em 2019?
Em linha com as previsões do Banco de Portugal, a actividade económica irá recuperar para níveis pre-pandemia em finais de 2022. Neste momento, é o único indicador para podermos perspetivar a recuperação global do aftermarket, que terá no entanto um desempenho gradual, esperando-se já no 2º semestre de 2021 uma recuperação robusta do nível da procura.
Artigo publicado no Especial Lubrificantes da revista PÓS-VENDA 66