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Dilip Vaidya, BKT: “A BKT tem um compromisso com a qualidade”

5 Março, 2021

Dilip Vaidya, presidente e responsável pela tecnologia na BKT, fala de si e da empresa que dirige, na entrevista em vídeo para a BKT Network.

O diretor de I&D na BKT é um homem da ciência, Dilip Vaidya, presidente e responsável pela divisão de tecnologia. Acima de tudo um investigador, mas também alguém muito curioso, que obtém inspiração da cor dos seus quadros.

Sr. Vaidya, qual é o seu percurso académico, a sua especialização?
Comecei por licenciar-me em ciência na universidade de Mumbai e depois
estudei na faculdade de tecnologia química para concluir uma licenciatura em tecnologia de polímeros, também em Mumbai. Embora a minha especialização seja o plástico, comecei a trabalhar para o setor dos pneus em 1976.

E as suas memórias da universidade? Houve alguém que o tenha inspirado, que o tenha, digamos, encaminhado em direção à investigação e inovação?
O nosso instituto técnico, o UDCT, era como uma empresa: trabalhávamos com sete tecnologias diferentes e, por isso, era como um trabalho. O meu projeto de finalista consistiu em produzir látex acrílico através de um processo de polimerização em laboratório para a utilização de agentes de ligação em papel couché. É provável que esta experiência me tenha encaminhado para a investigação e inovação.

Como descreveria a sua presença na empresa, a nível pessoal, por comparação com a função de diretor de I&D?
Como é natural, não consigo separar-me totalmente da minha função. A investigação e desenvolvimento é o cerne de todos os processos de inovação. Além do cuidado e preocupação com as pessoas, a BKT, que considero a minha família, tem um foco a longo prazo e um compromisso com a qualidade. Penso que o meu trabalho diário é valorizado, e muito apoiado pela direção: não só através de grandes investimentos na nossa divisão, como também com o ambiente muito positivo e aberto que facilita a inovação. Assim, eu e a minha equipa podemos antecipar-nos às tendências tecnológicas, a verdadeira chave da inovação.

Considera-se mais um inovador do que um investigador?
Na minha opinião, a investigação é uma ferramenta, uma ferramenta essencial. Mas ninguém faz investigação só por fazer. A meta geral é a inovação e isto traduz-se num processo de aprendizagem contínua. É também fundamental ter uma boa dose de curiosidade natural. Sem dúvida, considero-me um inovador.

Falei com alguns dos seus colegas e descrevem-no como possuindo uma mente excecional. Qual é o seu segredo?
Essa é uma pergunta muito difícil. Não podemos premir um botão e esperar que uma ideia surja. O “brainstorming” é muito importante. As ideias surgem e ajudam-nos a realizar a nossa tarefa. Por vezes, temos ideias no trabalho, quando estamos imersos no mundo da alta tecnologia e a falar com os nossos colegas.Mas, para lhe ser sincero, a maioria das minhas ideias surge quando estou a relaxar. Por vezes, surgem quando estou a jantar com a minha família ou a ver um filme, a passear ou a fazer outra atividade durante o meu tempo livre.

Sr. Vaidya, por falar em tempo livre, sei que tem um hobby…
Adoro fazer retratos a lápis e pintar. Comecei a fazer retratos aos 17. Nessa altura, estava fascinado com retratos de estrelas do cinema. Mas comecei a pintar novamente durante a pandemia e agora adoro pintar paisagens.Para mim, pintar é também uma forma de combater o stress. Adoro usar linhas, pontos, manchas e cores para criar o que imagino e transpô-lo para a tela. Ao criar uma pequena obra de arte, parece que tudo para. A arte abarca beleza e meditação.

É fantástico descobrir que uma mente científica como a sua também é a mente de um artista que partilha as suas emoções através de quadros.
Não me parece assim tão surpreendente. Muitos grandes cientistas também foram artistas. Basta pensar no Leonardo da Vinci e no seu famoso quadro da Mona Lisa. Samuel Morse, o inventor do código Morse, era pintor. Albert Einstein tocava o violino. Ou podemos pensar em Isaac Newton ou até Sócrates.Para lhe ser sincero, não me queria comparar a estas mentes extraordinárias. Queria só dizer que a ciência e a arte não são opostos. É sempre uma questão de criatividade.

Gostava de fazer-lhe algumas perguntas pessoais rápidas. Há algum país que nunca tenha visitado e onde gostasse de ir? E porquê?
Gostava de ver as pirâmides no Egito. Nunca lá fui. Também gostava de fazer um safari em África.

Tem filhos ou netos?
Tenho uma filha e um filho. A minha filha tem 40 anos, é casada e tem dois filhos de 12 e 5 anos, e vive em New Jersey, nos EUA. O meu filho tem 34 e trabalha para a Intel na Califórnia, EUA.

Gosta de desporto, Sr. Vaidya?
Costumava jogar badminton na universidade e cheguei a ser o campeão. Gosto de críquete, uma modalidade muito popular na Índia, e adoro ver ténis. Atualmente, não pratico desporto, mas gosto de assistir.

Tem tanto trabalho. Consegue arranjar tempo para ver televisão ou um filme?
Ao chegar a casa do trabalho, gosto de ver séries na TV ou filmes na Netflix depois do jantar.

Uma última pergunta, já obrigatória na nossa série de Conversas que inspiram: além da pintura, qual é a sua grande paixão?
Adoro explorar novos caminhos. Foi assim que lançámos pneus radiais para a agricultura e depois para as minas e, finalmente, também pneus sólidos. Também me foco muito na perfeição em tudo o que desenvolvo. O resultado tem de ser o melhor possível. Quero que os investigadores mais novos também sigam este caminho. Por isso, gosto de ensinar e explicar-lhes bem as coisas, até estar tudo claro.

Veja o episódio original na íntegra neste link.

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