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DOSSIER Marcas do Aftermarket: “Apoiamos os nossos clientes no caminho para a eletrificação”, Nines García de la Fuente, Delphi

19 Dezembro, 2019

A Delphi está atenta e a acompanhar as novidades tecnológicas do aftermarket, como indica Nines García de la Fuente, General Manager Espanha e Portugal da empresa.

Quais são os principais desafios que as marcas do aftermarket enfrentam para o futuro?

Temos conhecimento detalhado das novas tecnologias que chegarão às oficinas em breve. O aftermarket tem o seu próprio caminho de aparecimento de tecnologias, com atualizações e informações na cloud, sistemas de diagnóstico complexos e muito mais. As mudanças estão a acontecer e afetam todos nós.

Como se estão a preparar para a eletrificação do automóvel?

Apoiamos os nossos clientes no caminho para a eletrificação. O nosso portfólio de sistemas eletrónicos consiste em módulos de controlo de gasolina e diesel, unidades de controlo locais e eletrónica de potência. As nossas tecnologias de eletrónica de potência incluem produtos como inversores de alta tensão, conversores DC / DC e carregadores de bordo que convertem a eletricidade para permitir sistemas de propulsão de veículos híbridos e elétricos. Estamos a produzir controladores de propulsão e estamos a desenvolver a nossa mais recente inovação, com maior capacidade, para aproveitar a conectividade no futuro. Um dos componentes mais importantes na eletrificação da propulsão é o inversor. Os nossos inversores são até 40% mais pequenos e mais leves que a concorrência, as inovações, tais como a nossa chave de alimentação de silicone “Viper”, tornam isso possível. Já fornecemos aos técnicos as habilidades e o know-how para trabalhar com segurança. À medida que esses veículos aumentam, iremos introduzir novas peças e serviços.

Que efeitos a eletrificação do automóvel poderá ter no futuro do aftermarket e nas empresas do aftermarket?

Com o aumento da eletrificação, há uma gama crescente de novos componentes: baterias, motores de acionamento elétrico, conjuntos de inversores e conversores. Embora tecnicamente haja menos partes móveis num HEV, esses e outros componentes tradicionais ainda são suscetíveis ao desgaste. Os travões, por exemplo, podem sofrer maior desgaste devido a sistemas de travagem regenerativa. O crescente conteúdo eletrónico também irá exigir novas competências de diagnóstico. O equipamento e o software apresentam outra oportunidade para o aftermarket.

Que ferramentas digitais, em termos de acompanhamento técnico, a vossa empresa tem desenvolvido paras as oficinas?

No nosso catálogo online, é possível consultar produtos, referências cruzadas e aplicações no TecDoc. Além disso, temos a plataforma Direct Evolution com diferentes versões, onde se podem aceder a informações técnicas. Também desenvolvemos o Vehicle Technical Information, um software que combina dados de manutenção e reparação com desenhos técnicos e guias do utilizador. O VTI fornece informações sobre todos os aspetos do veículo, além de informações adicionais, incluindo campanhas, boletins de serviço técnico e recomendações de outros técnicos.

O que é que uma oficina independente poderá esperar no futuro de uma empresa como a vossa?

Iremos continuar a fornecer peças, ferramentas e know-how de OE. Também continuaremos a desenvolver o nosso principal programa de reposição, no qual as adições recentes incluem, por exemplo, sensores novos, incluindo uma nova linha de temperatura dos gases de escape e dos sensores de pressão de escape do gasóleo. O programa irá evoluir de acordo com as necessidades do mercado.

Que desenvolvimentos estão a ser feitos pela vossa empresa no sentido dos veículos autónomos?

“Estamos a desenvolver tecnologias de propulsão de última geração. Através de um conjunto de soluções que chamamos de Intelligent Driving, estamos a associar avanços de eletrificação de powertrain com sistemas de veículos automatizados e conectados existentes e emergentes, para reduzir as emissões e aumentar a economia de combustível e a autonomia. Fazemos isso aproveitando os dados recolhidos por dispositivos como câmaras on-board e sistemas de orientação off-board usados no planeamento de rotas para traçar a melhor estrada, a melhor velocidade e a melhor distância entre veículos para otimizar o desempenho do veículo. Esta mudança inovadora é possível independentemente da motorização”.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 44, de maio de 2019. Consulte aqui a edição.

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