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DOSSIER Marcas do Aftermarket: “Os motores de combustão não vão desaparecer da noite para o dia”, Marta Buceta, Continental

10 Setembro, 2019

Marta Buceta, Responsável de Comunicação e Marketing Espanha e Portugal da Continental, revela à PÓS-VENDA alguns detalhes sobre a estratégia da empresa e em relação ao futuro do aftermarket.

Quais são os principais desafios que as marcas do aftermarket enfrentam para o futuro?

Os principais desafios são a complexidade e a diversidade dos modelos que os fabricantes estão a produzir atualmente. Outro fator são os motores e a sua manutenção, que estão a tornar-se cada vez mais exigentes: a indústria automóvel está a fazer grandes avanços tecnológicos, e os fornecedores, oficinas e revendedores têm de acompanhar as suas inovações técnicas.

Como se estão a preparar para a eletrificação do automóvel?

Os motores de combustão não vão desaparecer da noite para o dia – mas temos o futuro em mente quando planeamos as nossas atividades nessa área. Cada vez mais produtos da nossa gama podem ser usados como peças de reposição para carros elétricos. Também estamos a ampliar a nossa gama de serviços. A garantia de cinco anos, por exemplo, permite que as oficinas, ao efetuarem o registo no nosso site, tenham garantia para cada produto da ContiTech. No futuro, pretendemos continuar a desenvolver serviços que apoiam os distribuidores que vendem os nossos produtos.

Que efeitos a eletrificação do automóvel poderá ter no futuro do aftermarket e nas empresas do aftermarket?

Temos de ajustar a nossa estratégia de forma adequada. Mas a eletrificação do carro não será o único desafio. Por exemplo, nos últimos anos nós vimos vários conceitos de mobilidade a emergir, como o car-sharing ou ride-sharing. Grandes frotas grandes de veículos que, como qualquer outro automóvel, requerem manutenção e peças. E isso é onde as companhias de revenda também têm de entrar.

O futuro do aftermarket passará pela cada vez maior concentração da atividade em grandes grupos?

A complexidade crescente do negócio leva à necessidade que as empresas sejam a cada dia mais eficientes. Uma forma para alcançar esta eficiência é através da concentração.

Como avaliam o crescimento de empresas como a TEMOT, ATR, GROUPAUTO, NEXUS, GLOBAL ONE, etc?

Ao adicionar um conjunto importante de ferramentas aos parceiros e ajudando-os a crescer, é natural que cresçam também e adquiram um papel mais importante no aftermarket.

Que ferramentas digitais, em termos de acompanhamento técnico, a vossa empresa tem desenvolvido paras as oficinas?

Mais recentemente, produzimos uma nova série de vídeos, Watch and Work, que estão disponíveis via YouTube ou através do nosso site, em vários idiomas. Outra fonte de informação é o nosso Centro de Informações do Produto – Product Information Center, PIC, que fornece dados técnicos, instruções de montagem e ao qual é possível aceder a partir de qualquer computador ou dispositivo móvel. Os utilizadores podem localizar materiais com a ajuda das informações na embalagem. Estamos constantemente a aprimorar os nossos serviços digitais.

O que é que uma oficina independente poderá esperar no futuro de uma empresa como a vossa?

Na Continental, a nossa intenção é passar toda a nossa experiência para as oficinas independentes através de produtos novos e inovadores, módulos de formação e informações técnicas presentes nas nossas plataformas web.

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 44, de maio de 2019. Consulte aqui a edição.

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