A DPAI-ACAP organizou hoje o 2º Encontro com Empresários do Pós-Venda Automóvel Independente, no qual apresentou o balanço das suas atividades em 2019, revelou a mais recente versão do seu Observatório (com dados de 2018) e pediu aos empresários para se associarem.
Este 2º Encontro com Empresários do Pós-Venda Automóvel Independente, começou com um pequeno balanço da atividade, efetuado por Joaquim Candeias, Presidente da Divisão do Pós-venda Automóvel Independente (DPAI).
O trabalho feito pela DPAI incidiu muito na qualificação das empresas e dos seu recursos humanos, mas também na promoção do negócio aftermarket, por exemplo através da recente parceria com o IFEMA e a presença na Expomecânica, como na dinamização destes encontros, tendo-se destacado a campanha ComuniCAR, que tem dado visibilidade aos operadores do setor do pós-venda independente.
Joaquim Candeias, numa segunda intervenção, para encerrar o evento, falou ainda dos enormes progressos feitos pela DPAI, nomeadamente na dinamização de informação para o setor, incentivando todos os profissionais do setor e respetivas empresas a associarem-se à ACAP e à DPAI, de modo existir um mais alargado leque de profissionais a debaterem os assuntos do setor recolhendo também os frutos disso para o dia-a-dia das empresas.
Grande parte deste 2º Encontro com Empresários do Pós-Venda Automóvel foi passado na divulgação dos mais recentes dados (de 2018) do Observatório do Pós-venda Automóvel Independente, iniciativa que já leva 12 anos. A apresentação foi feita por Pedro Barros, que tem sido o “rosto” deste Observatório ao longo dos anos, tendo deixado aos mais de 30 profissionais presentes alguns importantes dados sobre a evolução e as tendências do Pós-Venda.
Aqui deixamos, em resumo, alguns dos dados divulgados neste Observatório:
– Tendência para um abrandamento da atividade do Pós-Venda nos próximos cinco anos;
– Aftermarket cresceu 35% de 2013 a 2018;
– Empresas do Pós-Venda têm vindo a perder produtividade;
– O volaume de vendas no aftermarket foi superior a 1,8 mil milhões de Euros;
– Quase 50% do negócio aftermarket é realizada por 60 empresas do setor;
– Os construtores automóveis melhorarão no curto prazo o seu posicionamento na distribuição de peças;
– As barreiras entre o canal OE e o canal IAM tendem a desaparecer;
– Empresas do pós-venda devem ter mais atenção aos custos do transporte (custos da logística), apesar das dificuldades que existem na contabilização dos mesmos;
– O aumento da transparência de preços em toda a cadeia de valor gerará tensões de preços na distribuição de peças de reposição;
– Lojas online de vendas de peças a proliferar;
– Preços das peças nunca tiveram uma transparência tão grande como têm agora;
– O número de decisores sobre onde será realizada a reparação do veículo será mais reduzida, o que levará a uma concentração no negócio pós-venda;
– 90% dos veículos são atualmente registados em nome de empresas;
– Veículos novos entram cada vez mais nos reparadores;
– Em cerca de 9 milhões de consultas em catálogos de peças, as viaturas de 0 a 3 anos, são cada vez mais consultadas;
– A idade média dos veículos consultadas em catálogos de peças é de 14,9 anos, sendo um valor superior à idade média do parque;
– A consolidação da redução da procura por veículos diesel pode comprometer a sustentabilidade de alguns fabricantes de peças de reposição;
– 70% das pesquisas em catálogo de peças dizem respeito a veículos diesel, apesar de 49% do parque ser diesel;
– O acesso aos dados do veículo fará deste um elemento ativo no sistema de pós-venda. Em 5 anos, segundo a Stratio, os veículos terão manutenção preditiva e será outra baixa no negócio IAM;
– Vendas de veículos elétricos, nos próximos 10 anos, poderão obrigar a transformações importantes no negócio do pós-venda;
– O custo de manutenção de um veículo elétrico é cerca de 1/3 face a um veículo com motor de combustão interna;
– Perspetivam-se menos entradas por oficina, mas com valor por entrada mais elevado;