Paulo Agostinho, da Alecarpeças, considera que a vinda das marcas de automóveis para o aftermarket é uma nova realidade e não apenas uma moda.

Porque razão, no seu entender, as marcas de automóveis estão a apostar cada vez mais na manutenção e reparação independente?
O mercado de manutenção e reparação independente tem um valor potencial elevado e pode ser um  complemento para as marcas no sentido de  garantirem maior receita. É natural que este agentes pretendam aumentar o seu nível de negócio, entrando em segmentos de novos segmentos de mercado, até porque a capacidade de retenção de clientes da sua marca tem sofrido muita pressão e seguramente alguma quebra.

Trata-se de uma moda ou de uma tendência para ficar?
Recordo que algumas destas marcas não são completamente novidade no mercado, tendo algumas delas alguns anos de existência, como por exemplo a Motrio e a Motorcraft. A diferença atualmente prende-se com a forma como aproximação ao mercado independente se esta a efetuar. Hoje esta ser ser feita com maior organização e com uma estratégia global onde se inclui  para além da venda da peça/marca, a venda de serviços oficinais através de redes próprias. Assim diria que estamos perante uma nova realidade e não uma simples moda que pode desaparecer com o tempo. Temos que considerar que o nível de profissionalismo esta a aumentar e com ele a probabilidade de sucesso de algumas destas marcas.

De que modo as tradicionais empresas de aftermarket vão reagir a esta ofensiva? Continuará a haver mercado para todos a curto e médio prazo?
Como sempre o mercado irá adaptar-se a novos players e novas realidades e quem melhor se adaptar, melhor capacidade terá capacidade de ter sucesso. O Aftermarket em Portugal tem players de enorme capacidade e qualidade, com muita experiência técnica e comercial que estão preparados para grandes desafios.
Não me chocaria nada que alguns deles se associem a esta nova realidade, distribuindo  algumas destas novas marcas. A ver vamos…..