Flávio Menino, Diretor de marketing e comunicação da Autozitânia, analisa o mercado dos grossistas de peças em Portugal.
Como caracteriza o setor grossista de peças auto em Portugal?
O setor grossista de peças auto em Portugal é um setor extremamente dinâmico e que promove uma concorrência muito agressiva. É um mercado que apresenta muitos intervenientes, contudo os principais players estão muito equivalentes em termos de volume de negócio. Porém existem estratégias de negócio diferentes, o que promove a presença de vários conceitos no mesmo setor.
A cadeia (fabricante, grossista, retalhista e oficina) continua a fazer sentido no negócio de peças atualmente?
Autozitânia considera que a cadeia (fabricante, grossista, retalhista e oficina) continua a fazer sentido no negócio de peças atualmente, pois é a que permite o melhor serviço ao cliente, sendo que pensamos que existe espaço para todos os intervenientes da cadeia no mercado.
A tendência internacional no setor das peças é a concentração da atividade. Quais são as tendências futuras no setor grossista (e também retalhista) ao nível das peças em Portugal?
Consideramos que a nível nacional segue-se a mesma tendência que a nível internacional. Não existiram ainda grandes fusões e aquisições, como na perspetiva internacional, contudo verificamos a tendência de concentração em grupos.
Para além da rápida disponibilização das peças, da qualidade das peças, da gama alargada, das plataformas B2B e dos preços competitivos, que outros fatores podem fazer a diferença (atualmente) no negócio das peças?
Na questão estão enumerados bastantes fatores fundamentais, podemos referir outros fatores que se tornam cada vez mais importantes e diferenciadores, como marketing e comunicação fortes e diferenciadores, e ainda relativamente a recursos humanos, as formações que têm um papel cada vez mais relevante e valorizado num negócio que sofre mudanças a uma velocidade vertiginosa.
As devoluções de peças são neste momento um dos maiores problemas do grossista de peças? Qual o principal problema que um grossista enfrenta hoje em dia na atividade?
Sim sem dúvida, as devoluções de peças são neste momento um dos maiores problemas dos grossistas de peças, mas também consideramos que são inevitáveis e que apesar de terem um custo elevado também trazem negócio. Mas sem dúvida que atualmente têm um grande peso no negócio, e torna-se fundamental transformar esse ponto negativo num ponto positivo. Relativamente ao principal problema que um grossista enfrenta hoje em dia na atividade, são múltiplas as ameaças, contudo consideramos que a principal ameaça será a possível incapacidade de se adaptarem às múltiplas tendências que o mercado apresenta, pois é muito difícil prever qual a tendência a seguir de modo a que não ficar para trás.
Quais foram as mais recentes novidades da vossa atividade?
As novidades que incluímos na nossa atividade foram principalmente a nível tecnológico, como a APP Catálogo e WebShop, para dispositivos móveis como tablets e smartphones, que permitem aos clientes aceder através do seu acesso em qualquer momento e em qualquer lugar, seguindo a tendência global de portabilidade.