Realizou-se em Santa Iria da Azóia, o encontro anual da GVB (Gestão e Valorização de Baterias), tendo sido apresentado o balanço da atividade de 2021, mas também onde se falou muito do lítio e da sua reciclagem.
A entidade gestora de bateria em fim de vida, realizou o seu tradicional encontro anual, no qual Rui Cabral, Direto Geral da GVB, começou por fazer a revista de um ano (2021) no que à recolha de baterias diz respeito.
O responsável da GVB, o ano de 2021 foi o ano bom para esta entidade gestora de baterias, pois existiram mais baterias para recolher e para recuperar, dizendo que “estamos a contribuir de uma forma muito positiva para a economia e para o ambiente”. Numa altura em que se fala cada vez mais de economia circular, Rui Cabral deixou a indicação que a “GVB é o melhor exemplo disso”.
Pela primeira vez, em 2021, a GVB passou das 100 empresas “associadas”, tendo atualmente 116 empresas, sendo que o ecovalor registou uma descida, o que no entender de Rui Cabral “é bom para atrair mais clientes”.
A GVB obteve quase 18 mil toneladas de resíduos de baterias, apesar de o mercado ter registado um aumento de 13,5 mil toneladas de baterias. “Recolhemos mais do que nos foi proposto, é bom para o ambiente mas é mau porque gera um desequilíbrio muito grande no sistema”, refere Rui Cabral, dizendo que as razões que levaram a um aumento dos resíduos (baterias) teve haver com os carros parados após a pandemia (muitos deles tiveram que levar uma nova bateria) e também ao facto de em 2021 ter existido um sistema de incentivos da GVB para os parceiros.
Foi ainda falado das empresas que fogem à sua responsabilidade e que não estão em nenhuma sociedade gestora (como deveriam estar), sendo que Rui Cabral acabou por dizer que hoje em dia o processo de se torna entidade produtora de resíduos estão muito facilitado, podendo o processo ser veio via web e em 24 horas ficar concluído. “Muitas empresa ficaram com o seu problemas das importações de baterias resolvido se passassem a estar registados como entidades produtoras”, alertou Rui Cabral.
Em 2021 passaram a existir 51 novos centros de recolha de baterias registados na GVB, num total nacional de 149 centros.
Outros dos temas abordados por Rui Cabral, e que se manteve depois por todo o restante encontro da GVB, foi o crescimento exponencial das baterias de lítio, que só nos primeiros 3 meses de 2022 superou largamente os valores de 2021 e dos anos anteriores. “Existe aqui uma clara tendência que convém estar atento”, referiu.
Neste evento foi ainda apresentado um estudo económico sobre a viabilidade do desenvolvimento de uma entidade para gerir o “lítio”, bem como foram apresentadas as linhas mestras do “Plano de investigação e desenvolvimento de implementação de baterias de lítio”.
Foi também desenvolvido o tema do transporte das baterias do lítio e os seus riscos, muito superiores ao transporte das baterias de chumbo, tendo já a GVB as fichas técnicas para o transporte das baterias de lítio no seu portal.