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Johnson Controls: “As oficinas que se tornarem especialistas em baterias têm vantagem”

15 Novembro, 2016

Na sequência do dossier de baterias publicado na edição de novembro da Revista PÓS-VENDA (leia a edição neste link), publicamos as respostas de todas as empresas. Para ler todas as respostas clique neste link.

Pela Johnson Controls, que representa a bem conhecida marca Varta, as respostas são de Rocio Palomar.

– Que análise faz do atual estado do mercado das baterias em Portugal?
O mercado de reposição nas baterias mantém-se estável nos últimos anos. As baterias com tecnologia AGM para os veículos Start&Stop chegaram para ficar e, pouco a pouco, vão ganhar importância no mercado português.

– Qual o peso que as baterias para veículos com start&stop já tem no nosso mercado e na vossa empresa?
A tecnologia Start&Stop já começa a ser conhecida entre os consumidores europeus. No ano passado, pelo menos 14 milhões de veículos Start&Stop foram fabricados na Europa, o que representa mais de 60% do mercado. Para o ano de 2020 prevê-se que mais de 75% dos veículos novos produzidos na Europa tenham a tecnologia Start&Stop. A nível mundial, a procura por baterias Start&Stop novas e de aftermarket deverão aumentar de 25 milhões em 2016 para 65 milhões em 2020. Para nos assegurarmos que continuamos a cumprir com a crescente procura para esta nova tecnologia, consideramos uma prioridade investir na melhoria das nossas capacidades técnicas. Os veículos com tecnologia Start&Stop requerem uma bateria mais robusta para suportar cargas elétricas durante o repouso ou lidar com arranques mais frequentes: consideramos a tecnologia AGM a melhor para as aplicações Start&Stop. Tem uma alta fiabilidade, assim como uma alta durabilidade para todos os segmentos de veículos equipados com esta tecnologia. As baterias de última tecnologia Start&Stop, como as AGM, vão ocupando o seu espaço no mercado de reposição, mas está apenas a começar.

– Quais os desafios hoje para uma bateria devido à maior exigência de energia dos automóveis?
Para os veículos equipados com sistema Start&Stop, a bateria deve ser capaz de proporcionar energia a todos os seus consumidores e deve ser mais resistente do que as baterias convencionais. A tecnologia que melhor faz frente a estas novas exigências dos veículos é a tecnologia AGM (Absorbent Glass Matt). Ao escolher uma bateria AGM, com a tecnologia de fibra de vidro absorvente mais avançada, escolhe uma bateria excelente capaz de abastecer de energia os veículos e acessórios mais exigentes. As baterias AGM são produzidas à prova de fugas, incluíndo em caso de rotura. Oferece três vezes mais de resistência do que a tecnologia das baterias convencionais, pelo que resulta de forma perfeita para os sistema avançados de Start&Stop que necessitam de uma rápida recarga da bateria mediante a energia fornecida pelo sistema de travagem regenerativa. A bateria Carta Silver AGM foi desenvolvida para abastecer as grandes necessidades de energia dos veículos equipados com sistema Start&Stop, como o sistema de travagem regenerativa. Além disso, ao serem desenvolvidas e produzidas na Alemanha há uma garantia de que foram fabricadas para satisfazer os mais altos standards de qualidade.

– As baterias para carros híbridos e elétricos vão trazer novidades importantes? Quais as diferenças nessas baterias? Que novidades vamos ver nas baterias nos próximos anos?
Acreditamos que a adoção dos PHEV e EV se vai manter relativamente baixa nos próximos cinco anos, com cerca de 5% do mercado. Com o objetivo de satisfazer a iminente redução das emissões da frota a uma média de 95 g de CO2 por quilómetro, a indústria automóvel vai centra-se principalmente nas soluções que se baseiam nas tecnologias e nos veículos atuais. Isto inclui a integração de sistemas de baixa voltagem, como as baterias de iões de lítio de 12 ou 48 volts que a Johnson Controls também disponibiliza. Mediante o uso destes sistemas e combinando-os com outras tecnologias de redução de emissões, a indústria automóvel pode alcançar os seus objetivos a um custo muito mais baixo do que a mudança para um grande número de veículos híbridos ou elétricos. Atém disso, estas baterias requerem apenas pequenas alterações nos sistemas elétricos já existentes.

– Quais os desafios e problemas que o inverno traz para as baterias?
As baterias dos automóveis podem falhar quando a temperatura cai abaixo de zero graus. Há três coisas simples que podem manter o veículo em circulação este inverno:

  • Substituição da bateria. Substituir uma bateria costumava ser um processo simples: desligar o motor, tirar os bornos da ligação, trocar a bateria, apertar os bornos e está pronto. Agora este processo já não é tão simples. as baterias fazem parte de um sistema elétrico complexo que abastece de eletricidade uma grande variedade de funções de conforto e poupança de combustível, como o ar condicionado, o aquecimento dos bancos e os sistemas Start&Stop. Por outro lado, já não é fácil aceder à bateria debaixo do capot: esta pode estar instalada na bagageira ou debaixo de um assento. Por este motivo, são necessárias ferramentas especiais e experiência para substituir a bateria de um veículo.
  • Prevenir os problemas de arranque. Em condições de frio e humidade o veículo consome mais energia, o que sobrecarrega a bateria e a leva a falhar em alguns casos. Tal como se faz uma revisão aos faróis e às escovas, também deve ser feita uma revisão à bateria. Seja um carro novo ou antigo a oficina pode fazer um teste simples e rápido para indicar se a bateria vai sobreviver ao inverno.
  • Escolher a bateria adequada. Nem todas as baterias são adaptadas para todos os veículos. Uma bateria demasiado pequena pode não arrancar o veículo ou não alimentar todos os componentes elétricos. Os veículos Start&Stop podem não funcionar de forma correta com uma bateria desadequada. Estes necessitam de uma tecnologia denominada AGM  ou EFB. O ideal é seguir as especificações do fabricante do veículo.

– Quais os principais erros cometidos pelas oficinas no que diz respeito às baterias e como poderiam ter mais rentabilidade com elas?
Na Johnson Controls incentivamos as oficinas a realizar manutenção preventiva através do Programa “Battery Test-Checking”, cuja mensagem é: comprovar o estado da bateria deve tornar-se parte da rotina do serviço nas oficinas. Queremos evitar avarias desnecessárias ou o baixo rendimento de algumas funções dos veículos. Durante o programa foram testados 33 mil veículos e quase 1/4 deles tinha baterias que deviam ser substituídos de imediato porque estavam em más condições. A Johnson Controls também investigou como o mercado de reparação de automóveis está a passar de um modelo de negócio “Do it yourself” para um modelo “Do-it for me”. Os resultados mostram que 85% dos condutores de automóveis europeus necessitam da ajuda de uma oficina na assistência ao seu veículo e oito em cada dez condutores confiam nas recomendações do seu mecânico para a assistência à bateria. Queremos liderar o caminho para ajudar as oficinas e, inclusive, crescer com elas com as novas tecnologias, como nos veículos Start&Stop com baterias AGM que estão a começar a entrar no mercado de reposição. Quando as oficias se converterem em especialistas em baterias, podem garantir benefícios adicionais aos seus clientes e têm uma vantagem competitiva num mercado em evolução.

– Quais as marcas de baterias que a vossa empresa comercializa?
Varta e Optima.

 

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Mais informações em www.varta.pt

 

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