Segundo o Observatório Indicata, a nível europeu, em abril de 2021 as vendas de veículos usados online B2C atingiram um recorde de 146,7%, em termos homólogos e, no acumulado até à data, as vendas de automóveis usados aumentaram 22,1% em relação a 2020 e 7,2% em relação a 2019.
Em Portugal, também de acordo com o Observatório Indicata, as vendas totais de automóveis usados online nos primeiros quatro meses de 2021 são 42,1% superiores ao período homólogo de 2020 e 21,1% acima de 2019.
Em Abril 2021 o crescimento das vendas de veículos usados online B2C atingiu um recorde de 146,7%, em termos homólogos. No acumulado até à data, as vendas de automóveis usados aumentaram 22,1% em relação a 2020 e 7,2% em relação a 2019.
“Abril deverá ver o fim das taxas de crescimento de três dígitos em termos homólogos, com excepção do Reino Unido”, esclarece o Director Global do Indicata, Andy Shields.
As vendas de automóveis usados em Abril de 2021 caem 4,7% face a Março, mas ainda assim apresentam um bom resultado. A escassez de veículos com menos de 1 ano, por exemplo, provenientes de rent-a-car e veículos de demonstração de concessionários, impactou negativamente as vendas.
Só os BEVs vêem o aumento mensal das vendas (+2,0%), enquanto o diesel regista a maior queda (-6,0%). O diesel continua a ser o veículo usado mais vendido, com uma rotação de stock de 6,7x ou 54,5 dias em stock.
Para veículos usados com menos de 4 anos o VW Golf foi o modelo com o maior número de vendas seguido pelo Renault Clio. Mas o veículo usado que vende mais rapidamente em toda a região, utilizando os mesmos critérios, é o Opel/Vauxhall Mokka X com uma rotação de stock de 17,6x.
Os níveis de stock encontram-se 2,3% mais baixos em Maio de 2021, face ao ano anterior. “Há evidências claras de que o stock de viaturas volante à esquerda está nos países errados criando excedentes em alguns e escassez em outros”, termina dizendo Andy Shields.
Com uma amostra consistente de veículos com 3 anos, é expectável que o ciclo de vida do produto apresente um movimento de descida constante nos preços médios mensais, mas com o excesso de stock em alguns mercados e a escassez em outros os preços apresentam-se bastante voláteis.
As vendas online de veículos usados B2C, em toda a região monitorizada pelo Indicata, aumentaram 146,7% em Abril face a Abril de 2020, o maior crescimento homólogo que temos registado. Isto significa que nos primeiros quatro meses de 2021 a região está 22,1% acima dos níveis do acumulado em Abril de 2020 e 7,2% acima do mesmo período de 2019.
É claro que a comparação anual tem de ser contextualizada, o que significa reconhecer o impacto devastador que a primeira vaga de bloqueios teve nas vendas de automóveis usados, particularmente em Março e Abril de 2020, onde as vendas de automóveis usados caíram 23,7% e 52,5% em termos homólogos, respectivamente. Isto significa que as vendas de automóveis usados em Abril de 2020 foram 57,5% inferiores a apenas dois meses antes, em Fevereiro.
A diversidade das taxas de crescimento em termos homólogos, desde os 19,2% mais baixos na Suécia até ao aumento de 694,8% no Reino Unido, é puramente um factor de quão rapidamente os bloqueios foram implementados e a influência que teve nos mercados de usados em cada país. Sem excepção, todos os países com taxas de crescimento
acima, e incluindo Espanha, registaram as maiores quedas mensais em Abril de 2020.
Se compararmos o gráfico com a edição do mês passado, verificamos que Itália e Portugal são o segundo e terceiro mercados de recuperação mais fortes em ambos os meses. Isto porque ambos os mercados registaram quedas muito pesadas nas vendas de automóveis usados nos mesmos meses do ano passado, Itália -50,9% e -65,5%, Portugal -34,5% e -50,4% (mês-a-mês), respectivamente. Só o Reino Unido tem mais um mês de comparação fraco, Maio de 2020.
No Observatório Indicata o nosso foco mantém-se tanto nos volumes como na rotação de stock do mercado, mas, à medida que os mercados de usados começam a recuperar, transformando os automóveis em dinheiro, o lucro torna-se uma consideração fundamental e, por isso, agora também estamos a considerar a velocidade de venda a um nível mais granular, à medida que o retalhista começa a procurar formas de recuperar o seu equilíbrio financeiro.