Por JOSÉ CARDOSO – DIRETOR TÉCNICO INFORTRÓNICA
Na verdade, o que assistimos hoje em dia é deveras curioso: a contrafação de versões desatualizadas do Autodata tornaram-se o nosso melhor “canal de vendas”. 90% dos pedidos de experiência do Autodata Online que nos chegam via website, partem das oficinas que utilizam este tipo de CDs contrafeitos, por perceberem que tem carência de informação técnica essencial para o dia-a-dia de uma empresa de reparação e manutenção automóvel.
Depois vem a parte benéfica para a Infortrónica: a oficina apercebe‐se que a informação que disponibilizamos atualmente é absolutamente incomparável face aos antigos CDs, seja pelo facto de ter mais 14000 veículos, novas informações, como por exemplo: embraiagens, filtros de partículas, suspensões pneumáticas, ou pelas atualizações constantes, não só para veículos novos, mas também para veículos já considerados antigos.
É claro que nem sempre tivemos um feedback tão positivo como agora. Em 2009, quando iniciamos a distribuição em Portugal, verificamos que as versões contrafeitas tinham praticamente o mesmo nível de informação face à versão original.
“Infelizmente, os maiores lesados face
à utilização de software ilegal e desatualizado
são as oficinas e os seus clientes”
Nessa altura, os nossos clientes eram maioritariamente oficinas que já tinham preocupações relativas à garantia que davam nas reparações, que teria de ser dada através de um software original e devidamente atualizado. A partir de 2010, o nosso crescimento começou a evidenciar‐se, com o surgimento da primeira versão Online em paralelo com o combate à pirataria, feito por entidades competentes.
Infelizmente, os maiores lesados face à utilização de software ilegal e desatualizado são as oficinas e os seus clientes. Em Abril de 2015 lançamos uma notícia de alerta referente a alterações de binários de aperto, que têm sido feitas constantemente pelos fabricantes, devido a correções de falhas reconhecidas. No total, existem cerca de 200 alterações de valores, entre 2010 e 2015. Recebemos algumas queixas durante as feiras da Exponor e Exposalão, precisamente por este motivos. Percebemos que em todas as situações, o problema advém da utilização de informação desatualizada, presente nas versões antigas dos CDs Autodata. O resultado: a oficina presta um serviço inadequado, o cliente procede a reclamação, ou seja, perdem ambos.
À semelhança de Espanha, (C.A.P.A), onde vários players do mercado se uniram no combate à pirataria, temos todo o interesse em criar uma ação conjunta, que vise a sensibilização, não só dos profissionais de reparação, mas também dos consumidores destes serviços. No final de contas, a mobilidade e segurança do condutor é que estão em causa, quando o profissional utiliza peças e ferramentas não certificadas.
Mais informação em http://autodatapt.com/