Após mais de um século a fabricar exclusivamente pneus radiais, a Pirelli iniciou a fabricação com uma conceção diagonal, especificamente para os apaixonados por veículos clássicos que desejam uns pneus com a aparência original, mas que detenham já as vantagens da tecnologia atual. A marca acrescentou um novo produto à sua família Collezione de pneus para clássicos – O Stella Bianca.
Com esta referência a Pirelli recupera um produto histórico no seu catálogo, nem mais nem menos que o considerado como o primeiro pneu moderno da marca lançado em 1927 e o detentor do desenho da faixa de rodagem com mais longevidade da sua história.
O Pirelli Stella Bianca regressa muitos anos depois ao mercado com um “Look” idêntico ao original, mas com uma grande diferença tecnológica no seu interior. Os compostos utilizados nesta nova versão são um reflexo da máxima tecnologia da Pirelli, e garantem eficiência, segurança (mesmo em condições sob o molhado) e respeito pelo meio ambiente. Contudo, a sua conceção implica um regresso ao passado, já que depois de meio século, a Pirelli volta a fabricar pneus pelo método diagonal. Esta eleição deve-se à necessidade de salvaguardar o comportamento dinâmico original dos carros a que se destinará o novo Stella Bianca. Esta decisão implicou um importante desafio para os empregados da fábrica Pirelli em Izmit – Turquia, onde se fabricam os pneus motorsport e Collezione, uma vez que tiveram de reaprender as técnicas utilizadas no passado.
O desenho do novo Pirelli Stella Bianca é idêntico ao do modelo original, um trabalho realizado com uma inestimável ajuda dos documentos preservados na Fundação Pirelli, que preserva o arquivo histórico da empresa. A marcação ou referência lateral no flanco que inclui o logo da Pirelli, também foram recriadas a partir de um importante trabalho de documentação. As medidas escolhidas para o Pirelli Collezione Stella Bianca a mais comum nos desportivos clássicos (6.00 – 16), enquanto o desenho do piso evoca o original da variante Corsa, dotada de características especificas para assegurar uma excelente aderência e uma grande resistência ao desgaste, o que a seu tempo, também permite utilizar em competição.
Em 1927, a Europa encontrava-se em plena recuperação depois da primeira Guerra Mundial, e a investigação e tecnologia iniciavam uma nova era, animada pela recuperação económica dos felizes anos 20. Naquele tempo nao rodavam demasiados automóveis pelas estradas europeias e a grande maioria dos que o faziam eram modelos de luxo ou desportivos, que hoje fazem parte de importantes coleções particulares.
Falamos de unidades de 1929, como o Alfa Romeo 20-30, o Diatto Tipo 30, Itala 61, Lancia Lambda, OM Superba, Fiat 525SS, apenas para enumerar alguns grandes exemplos da indústria automóvel Italiana da época. Todos eles precisavam de uns pneus capazes de resistir às elevadas prestações, este o objetivo fundamental dos Pirelli Stella Bianca. Quando saiu para o mercado, este produto encontrava-se muito adiantado para o seu tempo, como prova, embora tenha sido concebido para os carros dos anos 20, as dimensões dos pneus do Ferrari 166 ou do Jaguar XK120, ainda os equipavam nos anos 50. Os mesmos pneus Stella Bianca também se utilizavam em exigentes competições automóveis, as mesmas que serviam como um banco de testes para melhorar o rendimento dos pneus na estrada.
Neste campo, o primeiro Pirelli da era moderna, dotado do padrão de banda de rodagem com mais longevidade na história da empresa, demonstrou um rendimento igualmente efetivo tanto nos carros do dia a dia, nos desportivos e mesmo em unidades de transporte ligeiros. Hoje voltam a calçar os modelos clássicos mais desejados do mundo.
