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“Queremos que todas as peças sejam reparáveis”, Álvaro Cruz, Figiefa

28 Novembro, 2024

O segundo painel do Fórum ACAP / DPAI foi apresentado por Álvaro Cruz, Diretor de Comunicação da Figiefa, apresentou o tema “O Pós-Venda Independente na Europa, Campeão em Competitivdade e Inovação”.

A primeira parte da apresentação foram abordados os temas da renovação e atualização do MVBer (até 2028), que permite o acesso e comércio de peças de substituição orginais (T1) ou de qualidade em equivalente, o acesso a dados técnicos e o direito à manutenção e reparação no IAM dos veículos em garantia.

A lei de dados (The Data Act), que entrará em vigor em meados de 2025, diz Álvaro Cruz que a mesma deve ser adaptada ao setor automóvel, fruto da incerteza sobre certos conjuntos de dados e, por isso, a Figiefa, quer dinamizar uma legislação especifica no âmbito da homologação EU de veículos (o que a Figiefa já faz desde 2026).

Com o novo momento político na Europa, os temas da sustentabilidade estão agora a dar lugar aos temas da competitividade empresarial, mas será importante, segundo Álvaro Cruz, demonstrar que o aftermarket independente é parte integrante da industrial automóvel, pois “contribui substancialmente para o crescimento da Europa e para a inovação, competitividade, bem-estar social e mobilidade a preços acessíveis”.

Por isso, Álvaro Cruz diz que a União Europeia “deve incluir-nos como indústria que faz parte integrante do ciclo de vida dos veículos, no plano de ação para o setor automóvel 2024-2029”.

Álvaro Cruz mostrou diversas sondagens e estudos sobre o aftermarket, dizendo que as perspetivas são de crescimento constante, impulsionado principalmente pelo envelhecimento dos veículos. Depois de 2030, haverá uma desaceleração ligeira, por causa dos veículos elétricos e transformações económicas. No entender do responsável de comunicação da Figiefa, “o momento atual é bom, mas devemos preparar-nos para o futuro”.

A Figiefa está a trabalhar no sentido de que se faça uma atualização da regulação sobre os etor automóvel, de modo a que o setor do aftermarket possa concorrer em igualdade de circunstâncias como os OEM.

Sobre a sustentabilidade, a Figiefa está a trabalhar, de acordo com Álvaro Cruz, para posicionar o setor aftermarket como uma indústria de soluções no ciclo de vida dos veículos que garante peças e serviço para uma mobilidade automóvel sustentável, segura e acessível.

Outra questão que está em cima da mesa é reparabilidade das peças nos veículos (novos). Quer a Figiefa garantir que todos os veículos sejam reparáveis na sua totalidade (ao contrário do que está a suceder com alguns novos veículos fruto de novas técnicas de produção). “Queremos que todas as peças sejam reparáveis”, disse Álvaro Cruz, que revela que a Figiefa vai procurar que a União Europeia, implemente um novo requisito de “reparação desde a conceção pata todos os veículos e respetivos componentes”.

 

 

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