A ARAN refere em comunicado que os rebocadores tem vindo a passar por muitas dificuldades fruto do aumento do preço dos combustíveis. Aqui fica o comunicado da ARAN sobre este assunto.
As empresas que se dedicam à atividade de prestação de serviços através de veículos de pronto-socorro, vulgo rebocadores, têm vindo a confrontar-se com enormes dificuldades decorrentes do aumento exponencial do preço do gasóleo. Se estas empresas já tinham um cenário muito complicado quando os valores do combustível eram mais baixos, hoje é praticamente impossível aos empresários conseguirem operar.
Mesmo a descida de três cêntimos no Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) para a gasolina, anunciada esta semana pelo ministro das Finanças, é uma medida positiva, mas que deixa de fora não só este setor como a maioria das empresas nacionais. De facto, como é sabido, a maioria das empresas utiliza viaturas diesel, até porque podem deduzir metade do IVA de cada litro de gasóleo, o que não é possível na gasolina.
Só entre agosto e outubro, o preço do gasóleo simples passou de 1,359 para 1,426 euros. Se a comparação for feita com agosto de 2016, então a diferença é abissal, dado que naquela data o custo por litro do diesel simples era de 1,095 euros. Se já então o preço pago por serviço pelas companhias de assistência em viagem – praticamente o único cliente dos rebocadores –, hoje, esse valor, que se mantém inalterado, é ainda mais insuficiente.
A situação tem-se tornando insustentável, tendo as empresas já solicitado, durante o verão, uma reunião junto do Ministério das Finanças e reunido com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, no sentido de expor o cenário das empresas e solicitar a atenção para a necessidade de intervenção.
Na reunião, foi rejeitada a possibilidade de criação de uma medida que atenuasse os efeitos perniciosos do custo atual do gasóleo para estas empresas, ou seja, foi rejeitada a criação da medida do gasóleo profissional.
Os rebocadores estão, por isso, a preparar a organização e mobilização dos profissionais desta atividade com vista a uma paralisação nacional, à semelhança do que aconteceu no ano de 2008. Esse não é o cenário que o setor pretende, mas a falta de resposta e sensibilidade das companhias de assistência em viagem e das autoridades responsáveis não está a deixar alternativa.
Preço do gasóleo simples sobe 30% em dois anos
14/08/2016 – 1,095€
14/08/2017 – 1,216€
13/08/2018 – 1,359€
22/10/2018 – 1,426€