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Telemática: Luta por oportunidades iguais

11 Fevereiro, 2016

A FIGIEFA está empenhada na sua luta por manter o direito de igualdade de acesso e igualdade de informações para todos os operadores independentes. As marcas estão a tentar blindar a informação providenciada pela telemática, alerta a federação que reúne os distribuidores de peças.

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As possibilidades que se abrem com os veículos inteligentes e conectados são infinitas. A tal ponto que se espera que num futuro próximo os veículos possam marcar diretamente a visita à oficina, fazer a encomenda direta das peças e com‐ ponentes necessários e fazer a marcação dos técnicos apropriados para a situação em causa. Desta forma, os automóveis participarão ativamente na gestão das oficinas.

O boom de tudo isto é o eCall, o sistema de chamadas de emergência automático, que leva para dentro dos automóveis novos cada vez mais possibilidades de ligação bi‐direcional, nomeadamente funcionalidades de assistência móvel (bCall), mas também pode fornecer uma ampla gama de serviços de entretenimento e informação, como a navegação em tempo real, informações de trânsito, e‐mail, navegação na web, redes sociais, reservas de hotel ou instruções para o parque de estacionamento disponível mais próximo ou bomba de gasolina. Estes serviços e a capacidade do carro para fazer a ligação com outros dispositivos ligados significa que o veículo está a tornar‐se cada vez mais uma parte do nosso quotidiano.

Tecnologias de telemática sem o permitem que o veículo possa ser permanentemente acessível e monitorizado ‘online’ quando se está no estrada. O sistema de telemática fornece uma gateway bi‐direcional remota para o veículo e para os seus dados. O veículo pode enviar informações numa base regular sobre o seu estado técnico e é capaz de comunicar de forma proativa informações sobre um problema assim que ocorre uma falha. Atualmente, apenas os fabricantes de veículos são capazes de aceder ao conjunto completo de dados no veículo comunicando remotamente com estes através dos seus sistemas internos. Estes dados podem ser utilizados para diagnóstico remoto, para manutenção preventiva ou para verificar se é necessário uma intervenção. Este último aspeto torna‐se cada vez mais importante uma vez que os intervalos de manutenção dos veículos estão cada vez mais baseados em padrões de utilização reais, em vez de na quilometragem fixa tradicional. Os fabricantes de veículos também são capazes de comunicar remotamente com o veículo para atualizar as configurações do veículo ou aplicações de software, sem ter que chamar o carro à oficina.

A FIGIEFA defende a igualdade de acesso
às mesmas funcionalidades e às mesmas
informações no mesmo prazo para
os operadores independentes

Como tal, o acesso sem os fornece aos fabricantes uma informação privilegiada ‘online’; dá‐lhes uma significativa vantagem competitiva de ser capaz de identificar potenciais problemas muito mais cedo em comparação com os fornecedores ‘offline’ de serviços independentes. Os fabricantes de veículos atualmente têm controlo total dos dados no veículo devido ao desenvolvimento e funcionalidade de seus sistemas de telemática.
Cars-and-IoT-connected-cars

Isto dá‐lhes a possibilidade de definir a forma como os dados são analisados, geridos, distribuídos e utilizados e quais os serviços oferecidos ao consumidor. Alguns fabricantes de veículos começaram por oferecer sistemas “abertos”, mas apenas para parceiros selecionados. Além disso, os fabricantes impõem requisitos que são únicos para cada modelo de veículo, impossibilitando os operadores independentes de criar aplicações práticas para uma extensa gama de veículos. Tudo isso impede o acesso em condições semelhantes aos operadores independentes, o que limita a liberdade de escolha dos consumidores no que diz respeito à reparação e manutenção dos seus veículos.

Esta exclusão, alerta a FIGIEFA, põe em causa a legislação da UE em vigor e o direito de igualdade de acesso à informação técnica concedida, por exemplo, pelo Block Exemption Regulation e pelo Regulamento Euro5/6 para veículos ligeiros e pesados.

Como tal, a FIGIEFA defende a igualdade de acesso às mesmas funcionalidades e às mesmas informações no mesmo prazo para os operadores independentes; um sistema de telemática do veículo padronizado que permite alternativa, aplicações competitivas e validadas para serem desenvolvidas e carregadas no veículo, permitindo que o proprietário do veículo ligue o sistema de telemática a diferente fornecedores de serviços à sua escolha. Todos os players da manutenção e reparação automóvel têm que ter acesso “à caixa negra” para poderem ter acesso à informação e poderem também acrescentar informação relacionada com qualquer intervenção que tenha sido feita no veículo.

Leia a entrevista com Christer Liljenberg – vice‐presidente da FIGIEFA
“A telemática não pode ser uma ameaça para os independentes”

 

Volvo XC90

O Volvo XC90 é o primeiro veículo, alerta a FIGIEFA, a cortar a ligação OBD para as oficinas independentes. Usa uma ligação própria que só os concessionários oficiais conseguem aceder

Mais informações em www.figiefa.eu

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Pós-Venda 4

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