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“Temos apostado muito na digitalização, assim como na formação aos nossos parceiros”, Jorge Costa, MF Pinto

30 Outubro, 2024

Criada em 2004, a MF Pinto celebra este ano duas décadas de crescimento no aftermarket, apostando sempre na integração de novos produtos e marcas no seu portfólio.

Dedicada aos sistemas diesel e turbos, ao longo da sua história a MF Pinto foi diversificando o portfólio de produtosque comercializa, tendo passado também a oferecer ao aftermarket alternadores e motores de arranque, suspensões pneumáticas, compressores de ar condicionado, válvulas EGR, sistemas de travagem, filtros e radiadores, sistemas de direção e suspensão, aditivos de combustível, filtros de habitáculo e sistemas de arranque a frio. A MF Pinto tem atualmente instalações em Lisboa e no Porto, e está presente também além-fronteiras. Jorge Costa, Administrador da empresa, esteve à conversa com a PÓS-VENDA, sobre o passado, presente e futuro da MF Pinto.

A MF Pinto celebra este ano 20 anos de atividade. Qual o significado desta data?

Estes 20 anos foram uma jornada que teve vários momentos, alguns mais desafiantes, mas com muitas coisas boas. Estamos a seguir o nosso caminho, sustentadamente, e estamos muito contentes com o nosso percurso. Celebrar 20 anos é um momento importante e um motivo para celebrarmos com a equipa e com os nossos parceiros.

Que momentos destaca nestes 20 anos?
A equipa tem vindo a crescer bastante nestes anos, e esse é um dos pontos a assinalar. A mudança de instalações de Carnaxide para a zona industrial da Abrunheira foi também um marco importante da nossa história, assim como a ampliação das instalações da Abrunheira, há quatro anos. Outro momento relevante na história da MF Pinto foi a abertura do escritório na zona industrial na Maia, em 2017, o que nos deu um grande balanço na nossa atividade. A entrada no Grupo Temot, há cerca de um ano e meio, foi também um dos momentos mais importantes até agora, pois, de vários pontos de vista, esta integração abriu-nos uma série de potenciais novos negócios e novas marcas.

E qual o momento o atual da MF Pinto?

Este é um momento de consolidarmos a nossa atividade. Mais do que expandir, neste momento pretendemos consolidar, e apostar na exportação. Fazemos algo que
no panorama das empresas de aftermarket nacionais não fazem, que é ter um grande volume de exportação. Sempre apostámos muito na exportação e com bastante sucesso, pois isso permite-nos algumas coisas que o mercado português, pela sua dimensão, não nos consegue dar. Temos vindo a desenvolver bastante o departamento de exportação, e isso é algo que nos tem permitido crescer de forma sustentada. Atualmente, uma boa parte de todo o volume que vendemos, é para o estrangeiro.

Vão introduzir novas marcas a curto prazo, para o mercado português?

Através do Grupo Temot conseguimos recentemente começar a trabalhar com a marca BILSTEIN, de amortecedores. E isto é algo que, se não estivéssemos integrados no grupo, seria mais difícil de conseguir. Estamos a crescer, não queremos acrescentar marcas só para fazer número, queremos marcas que façam sentido para o nosso negócio.

De que forma podem as mudanças na forma de propulsão dos veículos alterar o negócio da MF Pinto?

Trabalhamos um segmento muito especializado, que começou assente nos turbos e na injeção diesel. Mas penso que na próxima década não haverá grandes alterações. Claro que já existem algumas mudanças, mas, do nosso ponto de vista, não sentimos ainda nenhuma alteração no nosso negócio. O nosso volume de negócio tem subido e, além disso, não acreditamos que o futuro vá passar apenas pelos veículos elétricos. Além disso, temos os mercados de exportação, em que o diesel é ainda muito importante, como a África e a América Latina. Percebemos a tendência e as mudanças, estamos atentos, mas para já não tem impacto na nossa atividade.

Que outras alterações o futuro poderá trazer ao vosso negócio?

Em Portugal tem havido alguma concentração de empresas. Mas não prevejo grandes alterações na nossa atividade nem no nosso modelo de distribuição. Somos distribuidores, temos contratos com as marcas, distribuímos, representamos e asseguramos as vendas dessas marcas no nosso mercado. Este é um modelo que funciona e vai continuar a funcionar. O nosso negócio é B2B e, por isso, não temos uma plataforma de venda online, nem temos planos para o fazer, para já. Porque é um mercado muito técnico, muito específico, e esse tipo de lojas online funcionam para fornecedores globais. Mas temos apostado muito na digitalização, assim como na formação  aos nossos parceiros. Mas não prevejo alterações substanciais no nosso negócio nos próximos anos.

Artigo publicado na REVISTA PÓS-VENDA 108, de setembro de 2024. Consulte aqui a edição.

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