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Tintas para automóveis Spies Hecker revestem obras de arte

31 Agosto, 2016

Combinando habilidade artística e uma grande dose de experiência em engenharia, o artista Alastair Gibson baseia-se nos seus 15 anos de experiência na Fórmula 1 para criar as suas esculturas de fibra de carbono, todas elas impecavelmente revestidas com as tintas da Spies Hecker.

À primeira vista, os peixes e os carros de corrida da Fórmula 1 parecem ter pouco em comum. No entanto, e aos olhos de Alastair Gibson, escultor pioneiro de fibra de carbono, natural de África do Sul e residente em Brackley, Northamptonshire, Inglaterra, eles partilham algumas semelhanças.

“Os carros de Fórmula 1 e os tubarões possuem linhas centrais bem definidas, ambos gozam de uma simetria belíssima, e, claro, os carros de competição são extremamente aerodinâmicos e os tubarões são totalmente hidrodinâmicos – basicamente aerodinâmicos mas em água,” comenta Gibson, quando explica a razão pela qual escolheu tantas das suas esculturas tendo como base os peixes e a vida aquática.

Automobilismo no sangue
Embora tenha iniciado, há oito anos, o seu percurso artístico a tempo inteiro, e tendo-se vindo a afirmar como um percursor na escultura de fibra de carbono, Gibson possui uma carreira repleta de desporto automóvel. Após sete anos em competições automobilísticas em circuitos inferiores, Gibson passou 15 anos na Formula 1, primeiro como mecânico-chefe para a equipa Benetton F1, e posteriormente como director mecânico da equipa de corrida BAR Honda Grand Prix Team. Mas a criatividade artística corria-lhe nas veias.

“Tinha imensas ideias. Comecei por brincar com fragmentos de fibra de carbono inutilizados, e pedaços e peças de carros, pois era o que tinha ao meu alcance. Comecei a perceber que conseguia fazer algumas coisas bonitas, mas não tinha a certeza de que alguém tivesse interesse em comprá-las,” afirma Gibson.

Arte baseada em engenharia
Uma vez descoberta a sua verdadeira paixão durante os tempos de inactividade, antes e depois das corridas e na época baixa, Gibson tomou a decisão em 2008 de se tornar um artista de fibra de carbono a tempo integral.

O processo de criação das esculturas é demorado. Primeiro esculpe à mão uma maquete à escala de 1:1 em madeira de balsa, depois digitaliza a maquete e utiliza o software CAD para decidir a colocação dos detalhes, tais como os olhos, guelras ou barbatanas. O passo seguinte são os moldes de fibra de carbono cujo número dependerá da escultura. Segue-se o processo altamente especializado e muito moroso de laminação – colocar cuidadosamente as finas folhas de fibra de carbono nos moldes.

Gibson explica, “esta é uma etapa muito complicada do processo porque, na maior parte das minhas esculturas, o tecido da fibra de carbono é visível através do verniz da Spies Hecker, pelo que é necessário situá-la correctamente no molde e garantir que não existe nada entre a fibra de carbono e o molde. Nesta fase, um simples cabelo pode arruinar totalmente uma escultura. Não é como trabalhar com o bronze, onde seria possível derretê-lo e começar de novo; com a fibra de carbono, se algo correr mal, vai simplesmente para o lixo, o que é bastante dispendioso.”

Os moldes revestidos com fibra de carbono são submetidos a um processo de pressurização denominado “de-bulking” e são então colocados na autoclave para criar a secção final e perfeita da escultura. Algumas esculturas consistem em apenas duas metades, outras, no entanto – como a aero manta de 3 metros – possuem um total de nove componentes.

O revestimento artístico correcto
“Chegando a esta fase, todo o tempo despendido nas peças – que pode chegar até às quatro semanas – seria um desperdício se não conseguíssemos obter um acabamento magnífico que mostrasse o tecido da fibra de carbono,” afirma Gibson.

Graças à sua longa carreira na Fórmula 1, Gibson teve a oportunidade de conhecer Andrew Moody, Head of Paint and Graphics da MERCEDES AMG PETRONAS, e a sua equipa. Uma vez montadas as esculturas, Gibson transporta-as até à oficina de pintura da MERCEDES AMG PETRONAS em Brackely, onde são pintadas com as tintas da Spies Hecker, assim como os carros de competição e os camiões da equipa.

Moody comenta, “Utilizamos o Permahyd® Base Bicamada Hi-TEC 480 nas esculturas sempre que seja necessário cor, e o Permasolid® Verniz HS Optimum Plus 8650, que proporciona um brilho reluzente e confere às esculturas uma aparência óptima. É interessante para a minha equipa pintar algo de tão diferente. Eles apreciam o desafio, embora possa ser um processo demorado. A j manta de 1 metro demorou cerca de 25 horas a pintar, e uma das racing piranhas demorou aproximadamente 10 horas, desde o início até a sua finalização.”

Ocorre com frequência alguma controvérsia entre Gibson e Moody sobre qual a cor e o efeito a utilizar na fase de concepção inicial, pois é necessário garantir que as ideias de Gibson são realizáveis. Se Gibson pretender que Moody efectue uma correspondência de uma cor específica, a equipa conta com o espectrofotómetro ColorDialog da Spies Hecker.

Revestimentos inteligentes para fibra de carbono
Contudo, as esculturas de fibra de carbono constituem uma excepção, e não a regra, para a Spies Hecker e para a empresa que se encontra por detrás da marca, a Axalta Coating Systems (NYSE: AXTA), fabricante líder global de tintas líquidas e em pó. Atendendo a que os fabricantes de automóveis estão a tentar construir veículos mais ligeiros para reduzir tanto as emissões como o consumo de combustível, o aço standard está a ser substituído por compósitos, tais como a fibra de carbono. Neste contexto, a Axalta aplica os seus 150 anos de experiência em tintas, em especial a tecnologia por detrás dos seus revestimentos OEM e das suas marcas de repintura, como a Spies Hecker, para desenvolver sistemas de pintura viáveis e bem-sucedidos para os fabricantes de automóveis que utilizam a fibra de carbono e outros substratos leves.

Retoques artísticos
Joachim Hinz, Spies Hecker Brand Manager para a Europa, Médio Oriente e África, afirma, “Ver que a Spies Hecker está a ser utilizada em peças de arte tão criativas e artísticas é maravilhoso. Sabemos que as nossas tintas fornecem um acabamento fantástico em veículos de passageiros e comerciais, mas agora podemos igualmente afirmar que são óptimas para os tubarões-martelo e piranhas de fibra de carbono! Sentimo-nos muito honrados por fazer parte do percurso de Alastair.”

As esculturas já pintadas são devolvidas ao estúdio de Gibson onde são adicionados os detalhes restantes, desde as barbatanas em aço inoxidável que são fotogravadas, até a liga de bismuto polido para outras partes – como os dentes da escultura carbon king.

Mas o aspecto mais original das esculturas de Gibson é o facto de incorporar peças dos carros da Fórmula 1, e cada uma delas possui um número de série e de produção pelo que é possível descobrir a que carro ou corrida específica ela remonta. Estas peças formam os olhos da racing piranha, o nariz do c-horse ou as guelras na parte dorsal das mantas. Muitas peças encontram-se expostas sobre placas de pavimento, numa secção exclusiva da FIA.

O sucesso de Gibson tem-se consolidado de dia para dia, com a venda das esculturas a coleccionadores de todo o mundo.

Gibson afirma, “Inspiro-me num sem fim de coisas que me rodeiam. Sou completamente apaixonado pela criação de esculturas, e pela perfeição dos seus acabamentos, e espero que isso transpareça quando as pessoas as observam.”

Para mais informações sobre Alastair Gibson e Carbon Art 45, por favor visite o site carbonart45.com.

Mais informações em www.spieshecker.com

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