A mobilidade elétrica avança a passos largos em todo o mundo, conforme revela o mais recente relatório da TradingPedia, que compilou dados oficiais da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) e da Agência Internacional de Energia (IEA).
O documento analisa as matrículas de veículos elétricos a bateria e híbridos plug-in em mais de 30 países, mostrando o impacto crescente destes veículos na quota do mercado automóvel.
China
Em 2024, a China confirmou-se como o maior mercado mundial de veículos elétricos, com 11,3 milhões de unidades vendidas — um aumento de 39,5% face ao ano anterior — representando 48% de todas as novas matrículas no país. Marcas chinesas como BYD, Geely, Wuling e Xpeng destacam-se neste cenário, com a BYD a ultrapassar Tesla como a maior vendedora mundial de VE no primeiro trimestre de 2025, tendo comercializado cerca de 900 mil veículos elétricos e híbridos plug-in — quase o triplo das vendas da Tesla no mesmo período. Este domínio assinala o crescimento robusto da indústria automóvel elétrica chinesa, que se torna cada vez mais influente a nível global.
Noruega
Ainda que a China lidere em volume, é na Noruega que se regista a maior proporção de veículos elétricos em novas vendas. Em 2024, 92% dos automóveis matriculados no país foram veículos elétricos a bateria ou híbridos plug-in, um valor inédito a nível mundial. Este crescimento inclui um aumento de 9,4% nas vendas de BEVs, apesar da queda acentuada de 66% nas vendas de PHEVs. O resultado é um aumento total de 2,7% nas vendas de VE face a 2023, evidenciando uma clara preferência pela eletrificação total do parque automóvel norueguês.
A Noruega é seguida pela Suécia e Dinamarca, com quotas de mercado de 58,4% e 55,6%, respetivamente. Enquanto a Dinamarca registou um aumento de 20,4% nas vendas de VE, a Suécia viu uma ligeira queda de 9%. Também a Finlândia e os Países Baixos apresentam quase metade das vendas de veículos novos como elétricos, consolidando a posição da Europa do Norte como pioneira na eletrificação automóvel.
Por outro lado, mercados como a Índia, México e Chile apresentam quotas de VE muito baixas, pouco acima dos 2%, enquanto o Japão surpreende com apenas 2,8%, apesar da reputação do país como pioneiro em tecnologias híbridas e elétricas, com fabricantes de referência como Toyota e Nissan.
Nos Estados Unidos, o segundo maior mercado global em volume, foram vendidos cerca de 1,2 milhões de BEVs e 320 mil PHEVs em 2024, com a liderança consolidada na América do Norte. Contudo, a expectativa é que o crescimento possa abrandar com o fim previsto dos incentivos fiscais federais em setembro de 2025, a não ser que surjam novas políticas de apoio.
O estudo completo está disponível para consulta pública através deste link.
