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165 empresas presentes no Expomecânica

São 165 as empresas que estarão presentes na edição 2016 do Expomecânica, evento que se realiza dias 15, 16 e 17 de abril na Exponor onde são esperados cerca de 15.000 visitantes.

Os mais recentes avanços tecnológicos da indústria automóvel terão a breve prazo um fortíssimo impacto no negócio das empresas (cerca de 6.000) que se dedicam à reparação de veículos no nosso País de uma forma independente, prognostica a ACAP, a uma semana do pós-venda automóvel nacional confluir para a EXPONOR, por ocasião da 3.ª edição do Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto. O setor aproveita o acontecimento, a presença de 165 operadores do aftermarket e uma expetativa de 15 mil visitantes profissionais para debater o futuro da atividade. Em perspetiva estão três dias de intenso networking e negócios que, para muitas empresas, alimentam vários meses de trabalho

«Tremenda» e «rápida», a evolução tecnológica que (também) está no horizonte do pós-venda automóvel português irá ditar o desaparecimento das oficinas independentes tal como as conhecemos, acredita – e alerta – Joaquim Candeias, presidente da Divisão do Comércio Independente de Peças (DPAI) da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) e um dos diretores da federação europeia (a FIGIEFA) que representa politicamente em Bruxelas os distribuidores do setor.

Na antecâmara do expoMECÂNICA – 3.º Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto, que ocupará a EXPONOR – Feira Internacional do Porto de 15 a 17 próximos, o responsável associativo não tem dúvidas quanto ao cenário de mudança, ditado pelos últimos conceitos e realidades da indústria automóvel, da qual já se percebem «grandes alterações» na atualidade. Estas «vão influenciar totalmente o negócio» do aftermarket luso do setor, cujo volume rondará os 2,5 mil milhões de euros, segundo estimativas associativas.

«As oficinas independentes vão desaparecer, passando a oficinas multimarca, adaptadas às novas tecnologias, que as vão obrigar a estabelecer ligações em rede e a outros parceiros, a Associações, sempre com grande partilha de informação», sublinha Joaquim Candeias.

Ora, segundo António Teixeira Lopes, presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), outra das entidades da área que empresta o seu apoio ao expoMECÂNICA, Portugal terá neste momento aproximadamente seis mil oficinas independentes a operar. Depois da conjuntura de crise e de austeridade terem impelido nos últimos 10 anos para o encerramento perto de metade das 12 mil que existiam, na avaliação da ARAN, eis que o mercado enfrenta agora um redobrado desafio.

E o desafio, reconhecidamente «grande» pelo dirigente da ACAP, não se adivinha nada fácil. Obrigará as empresas a «ajustar todo o seu negócio» a um novo paradigma, garante Joaquim Candeias. Tarefa árdua, fundamenta, inclusive porque os operadores económicos do setor «têm ainda muito enraizado métodos tradicionais», e que obrigará à assunção de um «posicionamento distinto do passado».

OE2016 agudiza dificuldades do setor, alerta a ARAN

O presente, entretanto, é também marcado pelas medidas fiscais previstas no Orçamento do Estado para 2016.

No entender da ARAN, a subida do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos prejudica todos os operadores do setor, do retalho ao pós-venda, sem esquecer os rebocadores (onde o custo dos combustíveis representará 42% dos custos totais da atividade, em média). Isto porque, argumenta a ARAN, na atual débil situação económica – em que estará a maioria das empresas portuguesas do ramo – qualquer aumento da carga fiscal agudiza as dificuldades.

Aumentar os preços dos produtos e dos serviços não parece ser, no entanto, o caminho. «O futuro do aftermarket está condicionado pela situação financeira dos portugueses, com falta de poder de compra», diz o presidente da ARAN, que chega a instar a generalidade do tecido empresarial do setor a proporcionar aos clientes, «tanto quanto possível, poupanças nas reparações».

ANECRA aproveita expoMECÂNICA para debater o futuro

O expoMECÂNICA é precisamente o palco para onde convergem todas as novidades e soluções (em tecnologias e serviços) do pós-venda e manutenção automóvel português. E o momento escolhido pelos protagonistas associativos para debater a atual condição da atividade e os desafios que têm pela frente.

É o que fará a ANECRA, durante o seu 12.º Encontro Nacional da Reparação Automóvel, com o futuro na agenda da reflexão setorial. A iniciativa arranca às 9 horas do dia 16 (sábado), no Auditório do Edifício de Serviços da Associação Empresarial de Portugal (AEP), ao lado do Pavilhão 6 da EXPONOR, e terá à cabeça o panorama da reparação automóvel em 2015, em números, seguido das perspetivas para este ano.

Feira está maior, mais diversificada e com novas valências

É uma feira maior, mais diversificada e com novas valências aquela que os profissionais do pós-venda automóvel português vão encontrar de sexta-feira a domingo. A 3.ª edição do Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto abrirá com um acréscimo de 57 por cento de expositores (são 165, no total) relativamente à estreia. A área expositiva cresceu para os 11 mil metros quadrados e os participantes estrangeiros também. São 15 as empresas internacionais presentes – todas espanholas.

Mais informações em www.expomecanica.pt

 

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