Mesmo depois da pandemia, numa altura em que se atravessa por uma guerra na Ucrânia e com a brutal inflação, o setor do aftermarket automóvel não se pode queixar de 2022, mas 2023 terá que ser melhor!!!
A intensa atividade jornalística que as plataformas da PÓS-VENDA tiverem em 2022, que não teve comparação em nenhum dos seis anos anteriores, nem encontrou paralelo nos seus concorrentes em Portugal, permitiu estar bem por dentro do que se foi passando no aftermarket no nosso país e não só.
A entrada das empresas espanholas em Portugal com mais força, a chegada dos Fundos de Investimento, com a aquisição de importantes operadores de peças, a constituição de novas estruturas, o reforço da presença geográfica de alguns dos gigantes nacionais das peças a par com estratégicas radicalmente opostas a essa, a reformulação de algumas redes oficinais, vão necessariamente trazer mais competitividade ao mercado das peças, mas também o vão abrir ainda mais ao mercado internacional.
Assistiu-se também a uma maior “crispação” de alguns grossistas ibéricos de peças face aos seus fornecedores, atendendo que a qualidade do serviço (por ausência de peças) diminuiu.
Está finalmente a sentir-se no mercado português a uma vontade (ditada pelas circunstâncias e pela exigência do mercado e não por convicção) de associação, de agregação e de maior partilha comercial. São vários os exemplos que assistimos em 2022 e é bom que assim aconteça, pois se existe mercado “associativista” é o espanhol e como ele está a entrar em Portugal, talvez nos tenhamos que habituar a partilhar mais… nem que seja informação.
Muitas oficinas (independentes) já perceberam que o mercado se está a agitar cada vez mais. Muitas felizmente já perceberam o caminho que têm que trilhar para terem sucesso. O nível tecnológico crescente dos automóveis (e quanto mais rapidamente se renovar o parque, mais rapidamente isso se irá notar) levará a que só mesmo as oficinas muito preparadas tecnicamente, quer ao nível da verdadeira formação (e não da formação comercial), quer ao nível dos equipamentos, possam ser rentáveis, credíveis e que tenham futuro.
Mas mesmo estas oficinas têm que perceber rapidamente que não estão a gerir uma oficina, mas sim uma empresa, que tal como qualquer outra empresa deve ter práticas de gestão coerentes e que visem sobretudo a verdadeira satisfação do cliente / automobilista.
Porém, haverá ainda mercado para muitas oficinas, pois o parque de motores a combustão ainda aqui ficará por muito anos, mas a transição pode ser bem mais rápida do que estamos à espera… basta que o clima económico se torne mais favorável.
Com tanta agitação no negócio aftermarket, 2023 só poderá ser melhor do que foi o ano de 2022. Provavelmente vai investir-se mais no negócio do que nunca, assim o demonstrou 2022, e isso fará o setor avançar, desenvolver e progredir.
O meu desejo para 2023 é que as plataformas da PÓS-VENDA aumentem ainda mais a sua penetração no mercado. Os dados de 2022, pelo menos aqueles que são facilmente mensuráveis por todos (e que tem a ver com a presença digital), demonstram inequivocamente que fizemos o nosso trabalho, que o mercado nos conhece cada vez mais, que se revê na atualidade permanente e na diferenciação dos nossos conteúdos.
Tudo isto refletiu-se também na nossa performance comercial, que se aproximou claramente do ano de 2019 (pré-pandemia). Temos um alargado leque de parceiros que estão com as nossas plataformas de comunicação e que temos como objetivo alargar ainda mais no futuro.
A todos, a equipa da PÓS-VENDA, deseja um feliz 2023, cheio de sucessos profissionais.
Paulo Homem