Para o Diretor Geral da Atlantic Parts, José Pires, as devoluções têm um grande peso no negócio de peças, problema que poderia ser resolvido com uma correta identificação das mesmas.
Qual a dimensão do problema da devolução de peças no aftermarket para a vossa organização? Pode quantificar a dimensão desse problema?
As devoluções de peças são um problema e sem dúvida que têm um grande peso no negócio. No nosso caso o valor das mesmas corresponde a 5,6% das nossa vendas.
Quais as razões que levam a que as devoluções de peças seja um problema para as empresas de peças?
O tempo que decorre entre a constatação da devolução no nosso cliente, a entrada da peça no nosso armazém, a análise de “motivos” e “bom estado” da mesma, quer internamente quer por parte do fornecedor, é na grande maioria das vezes moroso, contribuindo significativamente para indisponibilidades de stock e por conseguinte perda de venda em tempo útil a um segundo comprador, (atualmente agravada pela própria escassez de peças nos fabricantes), o aumento inevitável de custos associados a toda a operação, recursos disponibilizados, etc.
Que medidas têm tomado na vossa organização para reduzir ou eliminar este problema da devolução de peças?
80% das devoluções devem-se a erro na identificação. Reforçamos a importância de identificar as peças nos portais credíveis dos fornecedores e o nosso portal e sempre que possível via matricula. Temos sido também mais rigorosos com o prazo de entrega de devoluções.
Possui a vossa empresa alguma plataforma digital (ou não) para gerir as devoluções? Se sim, em traços gerais como funciona essa plataforma?
Não temos plataforma para exterior, temos um colaborador que se ocupa das devoluções e as regista/controla no nosso sistema interno.