A Ayvens, empresa recentemente criada e que nasce da aquisição da LeasePlan pela ALD Automotive, apresentou, durante a manhã de hoje, a 5.ª edição do estudo Mobilidade 2024.

Anne-Cécile Huet, Diretora Geral Adjunta em Portugal, explicou à imprensa especializada o processo de criação da imagem da nova marca.

Por sua vez, António Oliveira Martins, Diretor Geral da Ayvens em Portugal revelou algumas das tendências da mobilidade automóvel, nomeadamente o “desprendimento relativamente à posse do automóvel, o que para a Ayvens é uma oportunidade. Privilegiar a simplicidade e a flexibilidade de pagsar uma renda mensal e ter acesso a todos os serviços, em vez de tudo o que implica a aquisição de um veículo. Além disso, o mundo digital também nos dá grandes oportunidades. Antes, conseguíamos apenas chegar a grandes frotas, com a abordagem tradicional e a digitalização abriu um mercado enorme de PME e particulares, no qual temos vindo a trabalhar e que continuarão a ser uma aposta no futuro. Outra tendência favorável para a Ayvens tem que ver com a eletrificação. A transição da combustão para os veículos elétricos traz um desconforto e ansiedade aos condutores, que levam a que os potenciais clientes vejam numa empresa como a Ayvens uma empresa que os pode ajudar nesta transição, assumindo riscos e eliminando algumas ansiedades próprias da transição para esta nova mobilidade, que já está a acontecer a um grande ritmo. Neste momento, 25% da frota que detemos e gerimos já é eletrificada, dos quais 10% são 100% BEV e 15% são híbridos plug-in”.

O responsável frisou ainda que a Ayvens, nesta transição para uma nova mobilidade, “tem uma responsabilidade em termos de aconselhamento e consultoria e é nisso que estamos a apostar também”.

Elaborado pela equipa de consultoria da Ayvens em Portugal, e apresentado hoje por Pedro Luz e Nuno Brito, esta nova análise destaca uma evolução significativa: os veículos elétricos surgem como a escolha mais competitiva de todos os oito segmentos de veículos de passageiros, estabelecendo um ponto de viragem ao liderar, não apenas em termos de desempenho, mas também em termos de custos totais de utilização. A Ayvens indica que este resultado reforça a tendência rumo a um futuro com uma mobilidade mais sustentável e acessível.

Na análise, destinada a apoiar os clientes da Ayvens na transição para a mobilidade elétrica, foram considerados vários fatores, como:

• valores de aquisição do veículo;
• gastos com combustível/carregamento;
• tributação aplicada à utilização do veículo;
• entre outros.

Ricardo Silva, Diretor Comercial da Ayvens em Portugal, mostrou a sua satisfação com os resultados, afirmando que são “extrememente encorajadores. O mercado dos veículos elétricos está em expansão em toda a Europa, impulsionado pelo aumento das vendas, devido à maior oferta das marcas automóveis e das normas de CO2 da União Europeia”. O responsável explicou ainda que o survey realizado aos clientes da Ayvens no âmbito deste estudo “reforçou também que o crescimento dos elétricos não é uma moda passageira, mas sim uma tendência que veio para ficar. Mais de 50% dos nossos clientes já estão em transição para a mobilidade elétrica”.

Tendências do mercado, de acordo com o estudo da Ayvens:

• De 2022 para 2023, os veículos 100% elétricos duplicaram as vendas em Portugal, terminando o ano com uma quota de 18,3%. No mesmo período, a Ayvens quadruplicou as vendas de 100% elétricos. 2023 foi o ano em que os 100% elétricos se tornaram a 2.ª motorização preferida dos portugueses, a seguir aos veículos a gasolina;
• Os Phev registaram um crescimento de 67% de 2022 para 2023, o que compara com um crescimento de 76% na Ayvens para esta motorização;
• Um em quatro veículos vendidos pela Ayvens em 2023 era 100% elétrico;
• Quase 50% das encomendas em carteira da Ayvens de veículos de passageiros são eletrificados, sendo 24% BEV e 26% PHEV.

Relativamente à análise feita aos custos totais de utilização, o estudo conclui que:

• De acordo com um cabaz de mais de 100 veículos distribuídos por 5 segmentos, de junho de 2022 a dezembro de 2023, os TCO das frotas em geral aumentaram em média 30%. A componente que mais contribui para este resultado são as taxas de juro, que representam mais de um terço deste agravamento.
• Na quilometragem de referência para as frotas (30 mil quilómetros por ano), os veículos elétricos são a propulsão mais competitiva em todos os 8 segmentos de veículos de passageiros. O único segmento sem mancha de eletrificados é dos veículos ligeiros comerciais.
• Analisando exclusivamente os veículos de passageiros, a mancha de 100% elétricos preenche 88% da matriz (versus 82% do ano passado), conquistando mais espaço aos veículos híbridos plug-in, que se limitam por uma quota de 7%, ficando os 5% de sobra a gasolina.
• As propulsões a combustão apenas permanecem como opção mais competitiva em 18% do total dos perfis de utilização das frotas. Os 3 perfis de utilização onde a gasolina ainda se justifica limitam-se ao segmento Utilitário SUV nos 10 mil quilómetros ano. Tal como no ano passado, o diesel vê a sua competitividade limitada ao segmento dos veículos comerciais ligeiros, onde o efeito da fiscalidade é nulo.
• O “alívio” fiscal em sede de IRC traduzido na redução das taxas de tributação autónoma para veículos de passageiros a combustão não refletiu um acréscimo de competitividade destas motorizações.

O estudo mostrou ainda que, no mercado nacional, em 2023 registou-se um crescimento de 104% nos novos registos de veículos 100% elétricos em comparação com 2022, em contraste com um crescimento de 37% na Europa.

No mercado de renting, nota-se o aumento do interesse das empresas na transição para a mobilidade elétrica, impulsionado não só pelos benefícios fiscais, mas também pelos compromissos corporativos de sustentabilidade, observando-se, em 2023, um crescimento de 297% nos veículos elétricos puros.

Consulte aqui o estudo