Joaquim Candeias, managing diretor do bilstein group, fala sobre os desafios que a empresa ultrapassou em 2024, e revela que, este ano, a estratégia do bilstein group em Portugal passa pelo lançamento de novos produtos, mas também pelo investimento na robotização e automatização.

Quais foram os principais desafios que enfrentaram na vossa operação durante o ano de 2024? De que forma os ultrapassaram?

O principal desafio durante o ano de 2024 foi a implementação de um novo ERP – SAP. Este foi um projeto de grande envergadura que começou muito antes de 2024, mas o ano da efetivação do mesmo acaba por ser o mais desafiante. Esta implementação conduziu a uma adaptação a novos processos e procedimentos, a uma aprendizagem diária e desafiante, enquanto tentámos garantir eficiências essenciais ao mercado. Felizmente, temos uma equipa extremamente motivada que se dedicou a 100% para que pudesse ser mais um projeto bem-sucedido.

Como evoluiu o vosso negócio no mercado português em 2024?

De forma extremamente favorável e consistente. É com muito orgulho que em 2024 crescemos, e continuamos a crescer. E isso é fruto do trabalho de toda a equipa, que nos permite continuar nesta trajetória ascendente. Crescemos mais na nossa marca febi no que nas restantes marcas (SWAG e Blue Print), mas anda assim todas elas registaram um ótimo desempenho. 2024 foi um ano extremamente positivo onde atingimos um crescimento perto dos dois dígitos.

Quais as tendências no aftermarket que irão determinar a atividade da vossa empresa em 2025 (digitalização, eletrificação, sustentabilidade, falta de mão-de-obra,…)?

Sem dúvida que 2025 será o ano da robotização e da automatização para o bilstein group em Portugal. Começámos em 2024 o projeto de instalação do Autostore, que ficará concluído e implementado totalmente em 2025. Este é um sistema de armazenamento automatizado e robotizado que nos vai permitir, não só uma gestão mais otimizada do stock disponível e uma economia de espaço assinalável, mas também um aumento de eficiência nas nossas operações logísticas. Consideramos que o Autostore será um marco para nós e para o mercado em 2025, trazendo consigo uma solução inovadora que vai permitir-nos a melhoria de processos logísticos, aumento de produtividade e redução e custos operacionais.

Que estratégias planeiam implementar este ano, para se adaptarem aos desafios e oportunidades atuais do mercado?

Neste momento, podemos afirmar que temos um posicionamento considerável e marcante no mercado, onde mantemos sempre a flexibilidade de aplicar alterações e os reajustes necessários para que consigamos sempre manter a nossa linha de estratégia e desenvolvimento. Vamos manter-nos desta forma para conseguir fintar os desafios e aproveitar as oportunidades que o mercado irá introduzir. Em 2025, vamos lançar uma nova linha de produto, através da marca febi, que foi bastante solicitada no mercado pelos nossos clientes e que nos trará certamente mais negócio. Responder às necessidades do mercado é extremamente importante por nós e a auscultação destas necessidades, de forma ativa, permite-nos estar na vanguarda do aftermarket. Por fim, e de forma a contornar o panorama atual ao nível de contratação e todas as dificuldades inerentes, vamos continuar a oferecer condições competitivas aos novos colaboradores, atuais e novos. Além de todos os benefícios que já oferecíamos, tais como a oferta de massagens gratuitas, seguro de vida, seguro de saúde para colaboradores na empresa há mais de 3 anos, espaços de lazer com acesso a matraquilhos, salário mínimo de entrada correspondente ao salário mínimo + 10%, entre outras; começámos a oferecer, a partir de 2024, fruta em todas as cantinas e para todos os colaboradores, dias de férias adicionais e o seguro de saúde passou a ser acessível para colaboradores a partir de um 1 ano de contrato. Estas e outras condições permitem-nos ser competitivos em matéria de contratação de novos recursos humanos e retenção do talento atual, aumentando a motivação e o compromisso de todos os colaboradores.