Um estudo internacional realizado em agosto de 2025 pela Meyle e pelo instituto de investigação de mercado Innofact revela que muitas oficinas independentes estão a deixar de explorar o potencial do serviço de transmissões automáticas.
Segundo a sondagem, que incluiu 350 oficinas em seis países, Alemanha, Espanha, França, Polónia, Suécia e Estados Unidos, quatro em cada cinco oficinas na Alemanha, 79%, estão conscientes da necessidade de manutenção das transmissões automáticas. Contudo, apenas uma em cada quatro, 26%, realiza o serviço de forma regular, evidenciando um significativo desfasamento entre conhecimento e prática.
O mercado global de transmissões automáticas tem vindo a expandir-se rapidamente, com uma taxa de crescimento anual prevista de 6,9% até 2032, segundo o Automotive Automatic Transmission Global Market Report 2025 da The Business Research Company.
Barreiras
O estudo identifica várias razões para esta lacuna. Em primeiro lugar, a falta de informação técnica adequada afeta 76% das oficinas, enquanto 74% apontam para insuficiente formação do pessoal e 73% indicam a necessidade de melhor educação dos clientes. Além disso, 75% das oficinas referem problemas na disponibilidade de peças específicas.
“Existe conhecimento teórico, mas a implementação prática fica muito aquém,” afirma Patrick Stüdemann, responsável pelo Treino Técnico na Meyle. “Esta lacuna entre competência e realidade empresarial representa uma perda diária de receita para as oficinas.”
Os consumidores também contribuem para a baixa procura. Muitos motoristas acreditam erroneamente que o fluido das transmissões automáticas é ‘para toda a vida’, subestimando a importância da manutenção regular. Na Alemanha, apenas 33% dos proprietários de veículos solicitam ativamente este serviço, embora cerca de 57% das oficinas o recomendem aos clientes.
O padrão identificado na Alemanha repete-se noutros mercados. Em França, 75% das oficinas reconhecem a relevância do serviço de ATF, mas apenas 28% o executam regularmente. Na Polónia, a consciencialização é de 63%, enquanto a execução regular atinge apenas 23%. Em todos os países analisados, a consciência da necessidade do serviço supera significativamente a sua prática.









