Impulsionada pelo sucesso na Fórmula 1, com a Mercedes, a Petronas tem ganho uma enorme visibilidade no mercado. Em Portugal, a marca tem vindo a crescer, entre outras coisas, fruto do grandes trabalho dos distribuidores, como considera Narciso Figueiredo, Sales Manager da Petronas para o mercado português.

Qual o impacto que esta crise pandémica teve no setor dos lubrificantes auto em Portugal (ao nível do aftermarket)?
Ao nível do aftermarket, o impacto da crise do covid-19 foi elevado. O principal motivo deste impacto foi o facto de muitas empresas terem cessado a sua atividade nos primeiros meses de pandemia ou terem optado pelo smart working (“trabalho inteligente”). Esta situação teve um impacto direto no nosso setor, pois implica uma menor utilização dos veículos particulares, reduzindo assim a quilometragem média anual e o número de mudanças de óleo.

Felizmente, a nível empresarial em 2020, atingimos os mesmos valores do que em 2019 graças ao excelente trabalho dos nossos distribuidores no aftermarket.

Que medidas foram e estão a ser tomadas para se potenciarem as vendas neste momento junto das oficinas? O que mais potenciou as vendas neste momento (o digital, as promoções, as campanhas, etc.)?
Para impulsionar as vendas nestes tempos tão delicados, a Petronas considera essencial manter uma relação próxima com os nossos clientes, oferecendo-lhes sempre o nosso apoio através de ferramentas técnicas, de marketing e comerciais. Acompanhamos os clientes e continuamos a ter uma comunicação próxima, transparente, direta e bidirecional, mesmo que seja virtual.

Continuamos a realizar campanhas promocionais que, tal como nos outros anos, são planeadas anualmente e são sempre adaptadas às necessidades do mercado.

A nível digital, encorajamos cada vez mais os nossos clientes a entrar na era digital através de pequenas ações, como a redução máxima na impressão de catálogos e na aposta digital, até aos nossos primeiros eventos virtuais em direto com os mesmos.

O que o futuro poderá reservar para o negócio de lubrificantes em Portugal, tendo em conta (ou não) os efeitos da pandemia? 
Na Petronas, preparamo-nos hoje para o mundo de amanhã, que, sem dúvida, muda a cada segundo e o maior desafio é adaptarmo-nos a essas mudanças e reagir rapidamente. Estamos preparados para enfrentar todos os novos desafios que surgirem no futuro graças aos lançamentos de novos produtos; às reformulações; à atribuição de 75% do nosso investimento global em I&D, à redução de emissões de C0; e a adaptar-nos às novas necessidades do mercado através do desenvolvimento de produtos inovadores para veículos híbridos e elétricos, desde lubrificantes para motores híbridos a fluidos de transmissão para veículos elétricos. Os desafios do futuro do setor dos lubrificantes em Portugal são, sem dúvida, exigentes e, na Petronas, estamos empenhados em alcançá-los, esforçando-nos todos os dias para sermos a melhor versão de nós próprios.

Em que ano o negócio dos lubrificantes poderá atingir, por exemplo, o desempenho que demonstrou em 2019?
Em 2020, conseguimos manter o desempenho em 2019, facto que se traduz na realização do mesmo volume de negócios. Estes dados demonstram que estamos a crescer no setor dos lubrificantes, mas a estimativa de crescimento que temos para 2021 é de 5%. Podemos, portanto, considerar que combatemos com sucesso os impactos da pandemia.

Artigo publicado no Especial Lubrificantes da revista PÓS-VENDA 66