Um dos problemas com que os grossistas de peças estão confrontados atualmente é com a elevada frequência de devolução das mesmas. Paulo Torres, Vieira & Freitas, diz que é um problema que provoca desequilíbrios grandes no stock.
Qual a dimensão do problema da devolução de peças no aftermarket para a vossa organização?
A quantidade de peças devolvidas é muito elevada o que origina prejuízos de diversa natureza a todos os players, o cliente que paga portes de ida e volta da peça devolvida e o fornecedor que tem um trabalho elevado, associado a esta logística.
Quais as razões que levam a que as devoluções de peças seja um problema para as empresas de peças?
A devolução de peças novas, é um grande problema, por um lado provoca desequilíbrios grandes no stock principalmente quando a devolução não é feita com a maior rapidez possível, por outro provoca uma grande despesa de meios humanos para tratar de toda a logística, sendo que se faz um trabalho para satisfazer a encomenda, e com a devolução tem de se fazer outro ainda mais complicado que a satisfação da encomenda, e o rendimento é negativo.
Que medidas têm tomado na vossa organização para reduzir ou eliminar este problema da devolução de peças?
Não é fácil, todas as devoluções têm um motivo que não está sob nosso controle, há uns 5% de devoluções que serão por má identificação da peça pelos nossos serviços, uns 50% por má identificação do cliente relacionada com plataformas digitais de identificação peças, as restantes são porque o cliente não apareceu para a reparação, ou por muitos outros motivos. Os clientes devem pedir autorização para a devolução e a única medida que temos para controlar o tempo de devolução é a penalização se devolvida num prazo superior a 15 dias.
Possui a vossa empresa alguma plataforma digital (ou não) para gerir as devoluções? Se sim, em traços gerais como funciona essa plataforma?
Não possuímos ainda uma gestão digital deste procedimento.