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“A digitalização tem de ser vista como um benefício e uma prioridade”, Dário Afonso, Fórum Anual DPAI/ACAP

17 Dezembro, 2021
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Está a decorrer esta manhã o Fórum anual da DPAI/ACAP. Dário Afonso, da ACM, discursou sobre “Transformações Chave para a competitividade do Aftermarket”.

Dário Afonso considerou que, do ponto de vista da digitalização “podemso dividir este tema em três áreas: eficiência operacional, que promove redução de custos e experiência do cliente, o business inteligence, para aumento dos resultados, e, por fim, a comunicação e relacionamento com clientes”. Afirmou que “existem duas formas de ter resultados nas empresas: ganhando dinheiro e deixando de o perder, e neste último a digitalização tem um papel importante. A digitalização tem de ser vista como um benefício e uma prioridade”. Dário Afonso deixou uma questão no ar: Está o nosso setor preparado para este novo ecossistema digital? A minha experiência diz-me que não, e que é algo que temos de fazer daqui para a frente”.

Em relação aos novos modelos de negócio, “há muita coisa a fazer também neste âmbito. No século passado, nos pesados, vendia-se um trator para vender pós-venda, mas, atualmente, vendem-se soluções para vender tratores. Inverteu-se completamente o fluxo do negócio. Na industria automóvel também estamos a passar para a indústria da mobilidade, mobilidade como um serviço”, indicando que todos têm de perceber o seu novo papel neste novo ecossistema.”Um exemplo: a indústria automóvel tem agora trotinetes e bicicletas elétricas. Isto é impensável há alguns anos. Não se vendem produtos, mas soluções de mobilidade para os clientes”.

No caso dos novos players a chegar ao setor, lembrou que temos hoje viaturas de marcas que nunca tínhamos ouvido falar. “Os novos players entram diretamente na nova indústria da mobilidade. Mas também os players tradicionais estão a criar novas sub-marcas, para trabalharem outros produtos e conceitos”.

Abordou também os grandes desafios da eletrificação, como a falta de infra-estruturas, o custo e impacto ambiental da produção de baterias e as outras alternativas aos motores de combustão Interna. “Neste momento, três países europeus representam 70% das infra-estruturas de carregamento na Europa”. Em seguida, abordou ainda a economia circular, o novo regulamento MVBER, também abordado por Joaquim Candeias durante o evento, assim como a importância dos recursos humanos para o sucesso dos negócios.

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