Qualquer oficina, seja ela de ligeiros ou pesados, é uma empresa e, como qualquer empresa deve ser gerida com rigorosos critérios de gestão. A AB Consultoria tem como finalidade ajudar as oficinas a melhorarem os seus resultados, através de uma melhor gestão.
A AB Consultoria, como o seu próprio nome indica, opera no ramo da consultoria oficinal. Curiosamente, já esteve na génese do desenvolvimento de uma rede de oficinas de pesados, como também de outras no setor dos ligeiros, podendo também trabalhar individualmente com qualquer oficina de pesados que queira melhorar as suas performances de gestão e de operação.
Esta empresa foi criada com o intuito de dar soluções especializadas em todas as vertentes do setor automóvel, dando assessoria a oficinas, mas também apoiando no desenvolvimento de soluções informáticas específicas para o setor. Desenha soluções à medida das necessidades das oficinas, com o objetivo de melhorar as suas performances e encontrar o modelo de negócio ideal para cada um deles. Á frente dos destinos da AB Consultoria está Alexandre Barbosa. Profissional com larga experiência no setor automóvel e, em particular, na relação com as oficinas, Alexandre Barbosa coloca esse conhecimento em prol das oficinas, ajudando-as na gestão e orientação do negócio. Os diversos projetos que tem vindo a desenvolver provam a importância da consultoria no setor das oficinas, tendo em conta até os resultados obtidos pelos seus clientes.
Qual o projeto e a visão que a AB Consultoria tem para as oficinas?
Cada cliente é um caso e, por consequência, um plano de trabalho específico. O nosso objetivo é ajudá-los a superar desafios e a alcançar o seu máximo potencial, através de uma abordagem que combina ferramentas de gestão, formação, melhoria contínua e digitalização. Oferecemos soluções orientadas para resultados e com o objetivo de melhorar o seu desempenho operacional e financeiro.
Que tipo de oficinas podem ou devem recorrer aos serviços da AB Consultoria?
Não sendo atualmente o nosso único tipo de cliente, uma vez que também apoiamos projetos na área do desenvolvimento de tecnologias de informação, a tipologia das oficinas que procuram os nossos serviços são as que necessitam de apoio na reorganização da sua estrutura, ou porque não são unidades rentáveis, ou não geram os resultados esperados, ou simplesmente porque precisam de apoio na transição do negócio de pais para os filhos. Têm também surgido empresários que pretendem apoio no arranque do negócio, pelo que procuram ajuda na criação do plano de negócios correspondente.
Que tipo de empresas são estão associadas às tecnologias de Informação?
Nesta última década, temos assistido a uma enorme evolução do universo digital que orbita à volta do serviço oficinal, desde a receção ativa e orçamentação, aos próprios ERP´s. O
meu apoio, nestes casos, é fornecer os “inputs” necessários de forma a articular as necessidades das oficinas com o desenvolvimento e implementação de diferentes soluções digitais.
Como é que as oficinas podem usufruir dos serviços que a AB Consultoria disponibiliza?
Felizmente a procura tem superado as expectativas, sendo que alguns clientes adjudicam exclusivamente o “Diagnóstico Operacional” e posteriormente usam este documento como guião que eles próprios transformam em plano de trabalhos. Mas, como referi, cada caso é único e carece de um estudo prévio e aceitação do plano de trabalhos por ambas as partes.
Quais são as áreas de intervenção da AB Consultoria?
Aos dias de hoje, podemos dizer que operamos ou disponibilizamos serviços em cinco áreas distintas, mas relacionadas entre si:
– Ao nível do “Diagnóstico de Empresas”, de forma a identificar os pontos fortes e as fragilidades das organizações;
– Ao nível do “Coaching Operacional”, de forma a garantir o desenvolvimento de líderes, transformando-os em gestores eficazes;
– Na realização de “Plano de Negócios”, quer seja na concretização de uma ideia ou na implementação da estratégia resultante do diagnóstico da empresa;
– Na criação de “Programas de Formação”, desenhados à medida das necessidades da empresa cliente, aqui muito na área da direção, supervisão, vendas e operação das organizações;
– E na realização de Workshops e Seminários nas áreas da Gestão de Negócios e Vendas, de acordo com as necessidades concretas dos nossos clientes;
Como é que se operacionaliza o “Coaching Operacional” e a formação?
O plano de formação é desenhado de acordo com as necessidades das empresas e das suas equipas. Todas as carências detetadas ao nível comportamental, vendas e de gestão, são ministradas por nós, através de acompanhamento contínuo (formação on-the-job). O apoio / formação ao gestor é ministrado da mesma forma, monitorizando os diversos indicadores e interagindo com ele de forma permanente. No que reporta a necessidades técnicas, recorremos aos diversos organismos que já tem oferta nas diferentes áreas e de acordo com a zona geográfica onde estamos inseridos. Por exemplo, nos Açores, temos de levar os formadores à ilha, que desenvolvem o caderno formativo de acordo com as necessidades existentes.
Como é feito o acompanhamento da AB Consultoria às oficinas?
Normalmente, tudo começa com um diagnóstico a todas as áreas da empresa e ao mercado onde esta está inserida. Este documento não é mais do que uma “radiografia”, em todas as suas valências, de forma a serem identificados os pontos fortes e os constrangimentos da organização. Desta avaliação resulta um documento estratégico, que servirá de “guião” ao plano de trabalhos a desenvolver por todos os interlocutores possíveis (gerência e colaboradores). Posteriormente, temos empresas que adjudicam a implementação do plano de trabalhos, outras ficam pelo diagnóstico e são elas próprias a implementar as medidas necessárias.
Qual é a aceitação do cliente oficinal que adjudica essa “radiografia”?
Todos os diagnósticos realizados são resultado de várias iterações com a empresa cliente, quer com o gestor quer com os colaboradores, o que facilita a apresentação do estudo e faz com que todos os elementos das equipas se revejam e validem o que é posteriormente formalizado através de um relatório final. Esta interação leva a que a aceitação seja muito positiva, e em mais de 90% dos casos é adjudicado o plano de trabalhos para implementação das diferentes medidas.
Que resultados podem obter as oficinas com o serviço da AB Consultoria?
Sendo suspeito no que vou dizer, os resultados têm sido muito positivos. Todos os nossos clientes, sem exceção, que adjudicaram o acompanhamento após o diagnóstico realizado, conseguiram superar os objetivos traçados.
A AB Consultoria também pretende disponibilizar os seus serviços para outros operadores (por exemplo, grossistas de peças) para serem estes a darem o serviço às oficinas?
Tenho muita experiência com centrais de compras. Estive na criação da primeira rede multimarca portuguesa e na criação da respetiva central de compras, e ligado ao maior operador de peças do país. Por outro lado, conheço muito bem as necessidades das oficinas, sejam elas clientes diretas ou não dos grossistas de peças. Estes fatores têm-me permitido dar “inputs” e apoio no desenvolvimento de programas de fidelização de clientes, desenvolvimento de softwares específicos e no próprio desenvolvimento de conceitos de redes oficinais.
Pretende a AB Consultoria colocar-se como uma entidade que apoia as oficinas na gestão do negócio?
Sim, claramente. O nosso objetivo é ser reconhecido como o parceiro de confiança em consultoria de gestão.
Gerir o negócio oficinal, como uma empresa é, na tua opinião, um dos principais problemas das oficinas hoje em dia?
Sim e dou-te um exemplo simples. Em todas as oficinas que fiz o diagnóstico, os empresários não sabiam qual era o seu custo-hora, pelo que não compreendiam porque, mesmo com um grande volume de trabalho, não conseguiam garantir os níveis de rentabilidade necessários e, por outro lado, se o mercado estaria disposto a pagar o valor hora justo e necessário para que as empresas consigam garantir a sua sobrevivência. É preciso conhecer o mercado onde estamos inseridos, as suas necessidades, para depois conseguir ajustar a oferta, de forma qualitativa e quantitativa. Por outro lado, é necessário saber valorizar o que oferecemos, de forma que os nossos clientes achem justo o valor que lhes é cobrado. É nesta gestão que está o sucesso do negócio, escolher o “papel de embrulho” certo, de forma a valorizar a oferta mediante o valor que o cliente está disponível para pagar.
Na tua opinião que aspetos é que uma oficina deve dar atenção atualmente, para além da componente técnica?
Se por um lado, e como já referi, temos de adaptar a oferta ao mercado, por outro, o sucesso passa obrigatoriamente pela gestão dos recursos humanos. Estes são a vantagem competitiva fundamental e a rubrica que maior peso tem nos encargos de uma empresa. Na minha opinião, a eficiência e a motivação das equipas são os fatores determinantes para garantir o sucesso de qualquer plano de trabalhos.
Como é que achas que se pode resolver o problema da falta de técnicos no setor oficinal?
Não é uma pergunta de resposta fácil e seguramente haverá pessoas mais capacitadas relativamente a este tema, mas, na minha opinião, a falta de técnicos só poderá ser ultrapassada se formos capazes de criar programas de formação atrativos e planos de carreira, de forma a captar novos profissionais e capacitar os existentes e, por outro lado, sermos capazes de oferecer salários competitivos e pacotes de benefícios atraentes para captar e reter os técnicos qualificados. Implementar estas estratégias de forma integrada poderá ajudar a resolver a falta de técnicos no setor oficinal, garantindo que as oficinas tenham os profissionais necessários para operar de forma eficiente e competitiva.