A MCoutinho Peças passou a ser uma das quatro plataformas Distrigo em Portugal, o que irá potenciar ainda mais o desenvolvimento do negócio de peças do Grupo MCoutinho, como explica Miguel Melo.
Uma das grandes novidades é o facto de se terem tornado uma placa Distrigo, que se junta às vossas peças originais, por um lado, mas também às peças aftermarket…
Sim, é mais uma marca que se junta ao nosso portfolio. O ano passado tornámo-nos placa Distrigo Relay, e passarmos a ser placa Distrigo foi um caminho natural, pois o peso das peças da Stellantis já era significativo para nós. Ser placa Distrigo permite-nos dar um nível de serviço melhor aos nossos clientes, nomeadamente reparadores autorizados das marcas da Stellantis e, por inerência, os restantes clientes também vão ter um nível de serviço superior. Foi uma decisão estratégica da nossa parte. As marcas, os construtores, são para nós muito importantes, assim como a ligação direta ao construtor. A Stellantis é uma marca cada vez mais importante no mercado e também no portfolio do Grupo MCoutinho.
O que poderá representar o facto de serem placa Distrigo e que exigências coloca à vossa organização, em termos logísticos e operacionais?
Veio melhorar o nível de serviço que prestamos às nossas próprias concessões, que representam cerca de 31% do nosso negócio de peças originais. Ao ter essa qualidade de serviço melhorada para os nossos clientes internos, fica disponível também para os clientes externos. Por outro lado, antes de nos tornarmos placa Distrigo, já tínhamos necessidade de ter mais espaço. No caso do aftermarket, o crescimento tem sido muito interessante, e estávamos já com necessidade de mais espaço. Nas instalações de Camarate, convertemos áreas de escritório em áreas de armazenagem e movimentação. E no Porto alugámos um armazém para absorver a expansão que queremos no aftermarket e na Distrigo. O facto de sermos Distrigo obriga-nos a ter espaço, mas já precisaríamos, de qualquer forma. As instalações do Porto e de Lisboa foram substancialmente melhoradas.
Com a placa Distrigo, trabalham também com as oficinas…
Sim. O modelo da Distrigo preconiza que haja entrega também de aftermarket. Neste momento, o aftermarket oferecido pela Stellantis é basicamente Eurorepar, que tem um posicionamento de peças muito direcionado para as oficinas que eram antigos reparadores autorizados.
Quais os objetivos da entrada na Distrigo dentro da vossa operação MCoutinho?
Dá-nos, essencialmente, capacidade de fornecer reparação autorizada das marcas da Stellantis e obviamente que temos toda a capacidade que está por trás. E aqui é uma exceção, em que poderemos oferecer peças originais e aftermarket de uma forma integrada, pois são clientes muito específicos. E, por isso, irá notar-se mais ao nível do serviço e da proximidade com a marca. A Stellantis é um construtor que está muito atento ao mercado, em todas as suas vertentes. E, para nós, é importante percebermos de que forma a marca se está a adaptar a todas as mudanças do negócio de peças. Aquilo que a Stellantis está a construir é muito semelhante ao que temos na MCoutinho: peças originais, peças aftermarket e agora a introdução da economia circular, que era outro projeto que tínhamos em carteira, por forma a cobrirmos todo o mercado.