Ainda que seja importante o combate a todo o tipo de contrafação, Teixeira Lopes, presidente da ARAN, não tem dúvidas que há outras prioridades que deviam ser seguidas pela ASAE para tornar o negócio das oficinas mais sério e justo.
No seguimento da notícia publicada no nosso site dando conta de uma apreensão por parte da ASAE (leia a notícia original aqui) pedimos um comentário a alguns players do setor. Teixeira Lopes, presidente da ARAN, começa logo por fazer uma pergunta pertinente: “Essa apreensão foi nas oficinas legais ou nas ilegais?” Este responsável não quer com isto discordar dos métodos da ASAE, mas diz não entender as prioridades desta Autoridade: “Se falarmos num valor estimado de mil milhões de euros que escapará ao Fisco de reparações não faturadas aos quais correspondem mais de duzentos milhões de euros em IVA e que desestabilizam todos os empresários que pagam os seus impostos e levam com esta concorrência desleal que pode oferecer preços até quarenta por cento mais baixos, perguntamos então quais deveriam ser as prioridades. Não quero dizer com isto que a ASAE não deverá fazer este seu trabalho, mas em nossa opinião o combate às oficinas não legais é prioritário. O que é que a ASAE fez até agora acerca deste assunto? Aqui estamos à vontade a perguntar, porque colaboramos com a ASAE”.
Nesse sentido, no que diz respeito às medidas que podem ajudar a resolver a contrafação, Teixeira Lopes explica que “cabe aos fornecedores desse tipo de equipamento encontrar soluções. Se copiam o software é porque ele permite ser copiado…”, deixando uma pista: “Se o seu preço fosse mais acessível, talvez não existisse tanto recurso ao ilegal, que por vezes não será fiável.”
Ainda assim, nesta área dos equipamentos de diagnóstico, Teixeira Lopes acredita que a dimensão da contrafação “não será tão grande quanto isso. Num caso porque as oficinas não pretendem entrar na ilegalidade, noutro porque não está ao alcance de qualquer um saber ir buscar a informação, bem como saber usá-la”.
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