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Armindo Romão, Auto Delta: “O sucesso estava sempre presente nas nossas cogitações”

Não são muitas as empresas que se podem gabar de comemorar 40 anos nas peças de automóveis em Portugal com a dinâmica e a pujança empresarial que a Auto Delta demonstra. Armindo Romão conta a história da empresa na primeira pessoa.

TEXTO PAULO HOMEM

Se a Auto Delta comemorou recentemente os seus 40 anos à persistência e abnegação de Armindo Romão o deve. Mesmo assim a história de Armindo Romão nas peças supera os anos que a Auto Delta agora comemora, pois já aos 13 anos este profissional lida com peças de automóveis.

O que representam os 40 anos da Auto Delta?

O chegar a um marco tão importante como são os 40 anos de idade não pode deixar de nos encher de orgulho. Na verdade, a Auto Delta acompanhou, ao longo deste tempo, diversos ciclos económicos e tecnológicos, tanto no nosso core business como na generalidade da vida pública que, apesar de constituírem grandes desafios, permitiram um crescimento prudente e sustentado que, aqui chegados, nos coloca como um dos maiores players do mercado aftermarket português.

Como é que apareceu a Auto Delta? O que motivou o aparecimento da empresa?

A Auto Delta nasce em Maio de 1977, constituída devido aos meus anos de experiência no comércio de peças e acessórios para automóveis, no qual comecei a trabalhar com apenas 13 anos de idade. Por outro lado, a minha esposa Catarina Luísa ficou encarregue da parte administrativa e financeira na qual também já tinha prévia experiência profissional. Os primeiros tempos não foram fáceis pois a conjuntura económica do país dificultava a implantação de novas empresas, mas a nossa persistência e vontade numa fase inicial e depois dos colaboradores que se juntaram a nós, tornaram a nossa continuidade mais fácil.

Quais foram os marcos decisivos (destacar apenas 2 ou 3) no crescimento da empresa ao longo dos 40 anos?

Auto Delta

Em primeiro lugar, o início da importação direta de peças e acessórios automóveis e o alargar do nosso raio de ação para todo o país no ano de 1985, o que permitiu um crescimento muito importante, levando o nosso nome a todo o país.

Quatro anos depois em 1989, o foco da empresa passa a estar quase exclusivamente na importação e distribuição de peças e acessórios para automóveis confirmando a aposta feita anteriormente.

Por último, a inauguração das segundas instalações em Leiria em 2015, permitiram dar um passo em frente em relação a dois dos nossos pilares identitários, a capacidade de stockagem e a relação com o parceiro comercial que nos procura diretamente. Primeiro, com estas instalações ficámos com 12.000 m2 o que nos permite estar mais perto de ter em armazém uma imagem do que é o parque automóvel nacional e depois, existiu uma melhoria da ligação de proximidade com os nossos parceiros, proporcionando melhores condições a quem nos visita.

Há 40 anos perspetivava a empresa tal como ela é hoje?

Penso que ninguém, há 40 anos, perspetivava a evolução que existiria, a todos os níveis. A Internet e mesmo a utilização quotidiana de computadores não passavam de miragens bem como o advento das viaturas elétricas e a evolução tecnológica que hoje se nos apresenta em qualquer outro automóvel. Ainda assim, o sucesso estava sempre presente nas nossas cogitações pois esse sempre foi o nosso fito.

Que conselho dá ao seu filho Marcelo Silva, sobre o desenvolvimento do negócio da empresa?

O Marcelo é um profissional altamente preparado para enfrentar os desafios que se lhe apresentam nos próximos anos e, tendo crescido dentro desta empresa e deste ramo de negócio, sabe aquilo que é preciso para continuar o nosso caminho, a manutenção da nossa identidade, forjada há 40 anos atrás.

Consegue estabelecer uma relação entre o mercado de peças para há 40 anos e o atual? Mudou muita coisa no mercado?

A inovação tecnológica tem sido imensa, deixando o aftermarket numa situação incomparável com aquela que existia há 40 anos, bastando circular por qualquer armazém para perceber as diferenças. Os automóveis tiveram primeiro um aumento de peças elétricas e agora tem-se sentido um crescimento muito forte no consumo de peças com elevada componente tecnológica. Ainda assim, o comércio de peças ditas tradicionais como filtros e material de suspensão continua a ter a sua dimensão interessante, mas passando a ter uma quota mais reduzida.

Ao longo de todos estes anos quais foram as pessoas que mais o marcaram a nível profissional?

Em primeiro lugar, a minha esposa Catarina Luísa. Desde a primeira hora e até hoje tem-se mantido como uma peça decisiva na nossa engrenagem, tanto pela experiência acumulada ao longo dos anos, atravessando períodos muito difíceis, como pela capacidade de trabalho que ainda hoje evidencia. Depois, os meus filhos Marcelo e Rosália. Ambos se encontram hoje totalmente preparados para assumir as rédeas da empresa substituindo-nos a nós nas nossas tarefas do dia-a-dia. Por ultimo, não posso deixar de dar um grande destaque à nossa equipa que, tanto no presente como no passado, incluindo aqueles que já nos deixaram, permitiram com o seu trabalho desenvolvido que a Auto Delta chegasse até aqui.

Como perspetiva a empresa daqui a 40 anos? O que pensa que será a Auto Delta daqui a 40 anos?

O que foi nestes 40 anos. Uma empresa com os olhos sempre colocados no futuro, acompanhando a evolução que se sentir bem como o que o mercado procure, mas sempre mantendo-se fiel à nossa identidade, fazendo da sustentabilidade e equilíbrio uma premissa existencial fundamental.

Auto Delta

 

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