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Arsipeças: Antecipar a realidade

30 Novembro, 2020
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A Arsipeças representa a moderna distribuição ao nível do retalho de peças. As instalações em Coimbra são o exemplo da realidade que esta empresa quer imprimir ao seu negócio.

TEXTO PAULO HOMEM

São 30 anos de Arsipeças. Passou por todas as fases do retalho de peças. Desde 2012 que tudo mudou, passou a empresa a ter logística própria, focou-se nas vendas as profissionais (foram-se acabando as vendas em balcão) e em 2014 com o novo armazém (em São João da Madeira) e um call center tudo seguiu um novo rumo. Entrou-se na moderna distribuição de peças a retalho, dizendo José Azevedo que “fomos dos primeiras a seguir esta estratégia, mesmo sabendo que podíamos perder alguns clientes tradicionais do balcão, mas o nosso foco eram os profissionais das oficinas. Já numa anterior empresa que tinha em Arouca, tinha iniciado este processo”.

A aposta em logística própria foi fundamental, com rotas certas e horários de entrega rigorosamente definidos. “Estamos a fazer quatro entregas por dia e já convencemos os clientes que não é necessário mais. Começamos é a distribuir peças mais cedo, fazendo duas entregas de manhã e duas à tarde”, explica José Azevedo, que refere que um serviço com esta qualidade consegue-se num raio de 50 quilómetros dos armazéns. Mas para o fazer, a Arsipeças possui 16 carrinhas de distribuição em São João da Madeira (sendo que quatro nunca vêm à sede) e mais 12 carrinhas nas instalações de Coimbra. “A Arsipeças é também uma empresa de logística afinadíssima, que acaba por ter um peso importante na estrutura, mas que poucos sabem fazer corretamente. O mais difícil na logística é a hora de corte, que é aquele momento que o cliente ainda quer a peça, mas nós temos que dizer que não e que só pode ir na próxima entrega” explica com clareza José Azevedo, dizendo ainda “que é um processo de educação não apenas para nós, mas também para o cliente. Desta forma estamos também a organizar o trabalho da oficina, mas a logística é algo que afinamos semanalmente”.

Desde que a Arsipeças ficou com o mercado de Coimbra (onde antes operava a Coimbra Peças), que tem vindo a implementar esta estratégia que obrigou a uma reaprendizagem do negócio nesta região. “Em ano e meio conseguimos ter um serviço logístico muito bom mesmo em zonas interiores do distrito, nas quais os retalhistas locais não conseguem fornecer como nós o fazemos”, explica José Azevedo. Aliás, a presença da Arsipeças em Coimbra demonstra também o que será o futuro desta empresa. O modelo que foi implementado de raiz é já uma evolução daquele que a empresa tem na sede. “Queremos implementar em São João da Madeira o que já temos implementado em Coimbra, que por ser uma estrutura muito mais recente, está de acordo com aquilo que pretendemos para o negócio”, revela o Diretor Geral da Arsipeças.

Este retalhista de peças tem vindo a incentivar muito os seus clientes a utilizar as plataformas online (por exemplo, para identificação de peças), considerando José Azevedo que a Arsipeças tem crescido muito nessa área, mas que “tem existido um grande apoio da nossa parte para que o cliente use essas plataformas e tenha um benefício real com as mesmas. Sentimos que alguns clientes ainda têm medo de errar, mas já lhes conseguimos demonstrar os benefícios das mesmas, até como forma de poder informar o cliente na hora. Não faz sentido um cliente esperar 10 minutos numa oficina para saber o preço de umas escovas”.

A Arsipeças já tem cerca de 50 clientes integrados nas redes A Oficina e Auto Check Center, estando muito outras oficinas identificadas com potencial para entrar neste conceitos. “Algumas oficinas têm condições de entrar nestes conceitos mas ainda não estão em posição de os integrar, mas outras não querem estar nestes conceitos” refere José Azevedo dizendo “existe todo um trabalho a fazer, que nem sempre é o mais fácil, mas é aquele que quisemos traçar para que depois este projeto das oficinas esteja sustentado em alicerces sólidos”. Estando a Arsipeças na Create Business deste 2003, a empresa integra por isso há muitos anos um grupo de retalho, numa altura em que no mercado têm aparecido outros. Tal situação leva José Azevedo a considerar que “isso obriga a mantermo-nos ainda mais à frente no mercado.

Atualmente fala-se de coisas no mercado que nós na Create já andamos a fazer há cinco ou mais anos. Um dos exemplos é o negócio dos pneus, mas mais uma vez sabíamos que os nossos clientes teriam também que fazer pneus”. Para reforçar esta ideia, o Diretor Geral da Arsipeças refere ainda que a sua empresa não seria o que é hoje se em 2003 não tivesse entrado precisamente no projeto Create e que a mais valia de hoje integrar esta rede tem a ver com “tudo aquilo que atualmente conseguimos acrescer ao negócio das oficinas para além da peça e que a nossa concorrência ainda não chegou lá”.

Neste momento a Arsipeças, no limite, poderá implementar uma oficina desde o ponto zero, tendo um departamento técnico para isso, podendo fornecer os equipamentos e serviços especializados. A empresa tem ainda um técnico na área dos turbos e dos filtros de partículas, que serve de apoio a todos os clientes oficinais. “É obvio que temos que estar atentos ao preço das peças e à forma como se compra e se vende, mas tem que existir algo mais no negócio que traga à oficina valor acrescentado e isso nós já estamos a oferecer há muito tempo”, afirma José Azevedo, concluindo que “assim que a oficina entra no nosso modelo de negócio, depois é muito difícil sair, pois reconhece as vantagens que têm em estar com uma empresa como a Arsipeças”.

Arsipeças
José Azevedo
256 201 080
arsipecas@createbusiness.pt
www.createbusiness.pt

Artigo publicado na Revista Pós-Venda n.º 53 de fevereiro de 2020. Consulte aqui a edição.

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