Assumindo que as devoluções são parte de um negócio altamente complexo como é o da reparação automóvel, Pedro Proença, responsável de Marketing da Create Business, assume que se trata de um problema que traz muitos custos.

Qual a dimensão do problema da devolução de peças no aftermarket para a vossa organização? Pode quantificar a dimensão desse problema?
É um problema claramente, porque associada a uma devolução estão uma série de custos. A dimensão deste problema depende das zonas onde operamos, mas está entre 10-14% (das venda, n.d.r.).

Quais as razões que levam a que as devoluções de peças seja um problema para as empresas de peças?
Como referido, são um custo. Para além disso implicam maior complexidade na operação, indisponibilidade dessas mesmas peças para venda e o deficiente estado em que (em alguns casos) as mesmas são devolvidas.

Que medidas têm tomado na vossa organização para reduzir ou eliminar este problema da devolução de peças?
Não temos pretensões a eliminar, já que assumimos que são parte de um negócio altamente complexo como é o da reparação automóvel. Temos tomado medidas em vários campos: melhoria da qualidade de informação no nosso catálogo, melhoria também da capacidade de resposta dos nossos call-center. Para além disso introduzimos total transparência nos processos de devolução através do nosso portal. Trabalhamos também num âmbito pedagógico, ou seja, as peças podem ser devolvidas, mas devem estar em condições de poderem ser novamente vendidas e aplicadas.

Possui a vossa empresa alguma plataforma digital (ou não) para gerir as devoluções? Se sim, em traços gerais como funciona essa plataforma?
Temos o nosso portal. O cliente pede on-line a devolução da peça (é a única forma de o fazer), nós fazemos a recolha da mesma e o processamento da devolução. Ao longo de todo o processo o cliente tem visibilidade de cada passo e do status em que a peça se encontra.