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Bosch indica fatores de impacto dos veículos conectados na indústria automóvel

23 Fevereiro, 2024

A Bosch indica aos profissionais do aftermarket cinco fatores que vão contribuir para os veículos conectados por software impactarem a indústria automóvel.

De acordo com a Bosch, o impacto do veículo definido por software na indústria automóvel será caracterizado, entre outras coisas, por uma maior autonomia do utilizador, customização do veículo e preços mais baixos.

No passado mês de janeiro, na CES em Las Vegas, a Bosch já anunciou o papel destes veículos na revolução tecnológica dos próximos anos. Assim, a empresa espera um volume de mercado de 32 mil milhões de euros até 2030 em computadores de bordo destinados exclusivamente ao infotainment e assistência ao condutor.

No último estudo realizado pela consultora Deloitte sobre a transição para os SDV na indústria automóvel, 43% dos inquiridos acreditam que a sua adoção generalizada será viável nos próximos cinco anos, enquanto 47% preveem um período um pouco maior, de cinco a dez anos.

Os 5 principais fatores que vão contribuir para os veículos conectados por software impactarem a indústria automóvel, de acordo com a Bosch, são:

  1. Mudanças no veículo sem passar pela oficina. O automóvel está a eixar de ser uma máquina estática com sistemas de software para funções específicas para se tornar um dispositivo eletrónico super conectado. Nesse sentido, softwares mais sofisticados e difundidos podem permitir que os veículos sejam atualizados com novas funções sem a necessidade de ir ao concessionário ou à oficina. ​
  2. Reduzir o preço dos carros elétricos. Essas atualizações permitem que o software que gere todos os sistemas eletrónicos do veículo se comporte quase como o de um smartphone, permitindo aos utilizadores aceder a aplicações e subscrições de funcionalidades adicionais úteis à sua condução. A implementação progressiva deste sistema de atualização poderá reduzir os custos de desenvolvimento e melhorar o desempenho, proporcionando aos fabricantes a possibilidade de optarem por baixar o preço dos carros elétricos.
  3. Adaptação completa do veículo ao condutor. A inovação frenética não é a solução num mundo hiperconectado, uma vez que é cada vez mais importante que as tecnologias evoluam ao mesmo tempo que os utilizadores. Neste sentido, a personalização e adaptação da tecnologia às necessidades de cada condutor possibilitada pelo software do veículo são as chaves para oferecer uma experiência de condução futura mais agradável e segura. Tanto é que, paralelamente aos avanços na condução autónoma, as fabricantes desenvolvem também ferramentas de entretenimento como o denominada quarta ecrã.
  4. Relação com o cliente, mais próxima do que nunca. Parecem ideias contrárias: avanços tecnológicos no automóvel e, portanto, maior autonomia dos utilizadores, versus proximidade e fidelização dos clientes. No entanto, são dois conceitos que andam de mãos dadas, já que o foco das grandes empresas do setor está no relacionamento com o cliente, sendo esse um elemento diferenciador entre marcas.
  5. Repensar abrangente da arquitetura E/E do veículo. Os fabricantes terão que repensar a arquitetura tradicional do sistema elétrico e eletrónico de um veículo. O software permitirá centralizar funções num pequeno número de poderosos computadores centralizados, libertando espaço e acelerando o ciclo de inovação. No caso da Bosch, a empresa tornou-se o primeiro fornecedor automóvel do mundo a integrar funções de infotainment e assistência ao condutor num único chip.

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