A Centrocor sente-se como “peixe na água” quando se fala em repintura automóvel e em proximidade ao cliente, numa empresa que tem ambiciosos projetos para o futuro.
TEXTO PAULO HOMEM
Primeiro em nome individual e desde 1989 como Centrocor, a empresa de Penafiel especializou-se na área das máquinas, ferramentas e tintas, sobretudo para o setor automóvel. Ocupando as atuais instalações em São Mamede de Recezinhos (próximo de Penafiel) desde 1997, onde tem a sede, a Centrocor opera em grande parte do interior norte, tendo ainda instalações em Creixomil (Guimarães). Álvaro Magalhães, Diretor Geral da empresa, iniciou o seu percurso como pintor e por isso toda a sua história e conhecimento do sector vem do terreno e da experiência que ainda hoje traz diariamente do contacto com os seus clientes e que foi muito importante para fazer crescer e implementar a Centrocor: “Senti desde que iniciei esta empresa que não existiam pessoas dedicadas a este negócio que pudessem explicar como as coisas funcionam na prática ao cliente”. No fundo a nova filosofia de vendas que a Centrocor trouxe para o mercado passava não apenas por vender, mas também pelo aconselhamento ao cliente.
“Ainda hoje temos esta forma de estar no mercado, pois entendemos que aquilo que fazemos só poderá ser importante se for útil para alguém, pois o dinheiro não é tudo na vida”, refere Álvaro Magalhães, dizendo que “quando o cliente nos vê como um valor acrescentado para o seu negócio então estamos a ser úteis para ele, isto é, temos produtos mas também temos profissionais que ajudam os clientes a tirar rentabilidade desses produtos”.
Operando num mercado em que os produtos que comercializa têm cada vez mais exigência técnica, a Centrocor está também a retirar frutos dessa estratégia de sempre, mas outros fatores também influenciam esta postura da empresa.
Um deles é a constante aposta em produtos premium que, segundo o responsável da empresa, não se conseguem vender pelo preço mas sim provando que com processos de trabalho eficazes se pode tirar mais rentabilidade. “Por esta razão sempre tentamos incentivar os nossos clientes a apostar nestes produtos e fazer-lhes ver, através da demonstração, que com método e processos de trabalho estruturados, podem tirar muito mais rentabilidade dos produtos, acabando por provar que somos mais baratos do que os outros” refere Álvaro Magalhães.
É longa a história da Centrocor nas tintas, percorrendo toda a história do que hoje é a Spies Hecker, marca que representa e distribui na sua região. Apesar de não ter (ainda) um centro formação, os técnicos comerciais da Centrocor dão toda a formação aos clientes, embora o habitual seja recorrer ao centro técnico de Mem Martins da Axalta.
“Nos restantes produtos que vendemos, para além das tintas, grande parte da formação e demonstração é feita na casa do cliente”, refere Agostinho Matos, diretor de vendas da Centrocor, revelando que “muitos dos nossos clientes preferem que assim seja pois é lhes dada formação no seu ambiente de trabalho utilizando os seus meios”.
Uma das características da Centrocor, que já vem dos anos 90, é a possibilidade de equiparem uma oficina de A a Z. “Não nos limitamos apenas às ferramentas, aos consumíveis ou aos equipamentos tradicionais de uma oficina, temos também oferta de equipamentos relacionados, por exemplo, com metalomecânica, como tornos, quinadeiras, guilhotinas, entre outros”, explica Agostinho Matos. Do extenso leque de produtos, a Centrocor sempre apostou em marcas premium, com a vertente de trabalhar diretamente com as mesmas (3M, KS Tools, Indasa, entre outras).
Porém, refira-se que a Centrocor comercializa também produtos de marca própria (Vision), complementar à gama principal e que não estão associados a uma marca (como o papel de limpeza, papel de isolar, entre outros). “É uma marca de produtos de qualidade que serve necessidades especificas, com preço mais competitivo, mas que não será uma marca para massificar o mercado”, assume Álvaro Magalhães.
APOSTAR NA CHAPA
Uma das áreas em que a Centrocor tem investido é no setor chapa, como nos confidenciou Agostinho Matos: “A parte da colisão tem sido descurada de uma forma geral, mas com a recente introdução de novos materiais na chapa automóvel, o chapeiro passou a ter um novo papel na oficina”.
entindo essa necessidade dos clientes, a Centrocor tem vindo nos dois últimos anos a focar a sua ação também na área da chapa, apoiando-se na oferta de alguns dos seus fornecedores para propor melhores produtos para a reparação de chapa. A empresa está também atenta aos veículos elétricos e híbridos, pois também eles exigem novas ferramentas e novos métodos na reparação. “O chapeiro era o parente pobre da oficina, mas neste momento ele precisa de muita ajuda, pois sentimos que é uma área que tem tido muita evolução”, refere Álvaro Magalhães.
Muito recentemente (início de 2017) a Centrocor apostou numa loja online, que pode ser consultada através do site da empresa. “Começa a ser essencial ter visibilidade online, pois existe muita gente a pesquisar produtos como aqueles que vendemos, embora nós acreditamos que o nosso negócio se manterá muito anos como um negócio relacional e de proximidade, até pelo tipo de produto que comercializamos”, explica Álvaro Magalhães, dizendo que “nem todos os produtos vão estar online nesta fase. Apostamos em produtos indiferenciados que possam servir ao profissional e ao particular. Para já sentimos que a Centrocor se tornou mais visível”.
Para terminar, refira-se que a Centrocor irá investir em novas instalações a médio prazo, num projeto ambicioso que poderá levar a empresa a explorar outros nichos de mercado como potenciar a sua presença no setor automóvel.
Centrocor
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