No entender de Paulo Dário, gerente da SPR Auto, a elevada taxa de inflação poderá vir a afetar bastante o setor pós-venda nos próximos meses.
Que efeito está a ter neste momento a inflação no negócio de peças auto (incluindo lubrificantes)?
A inflação está a afetar bastante o nosso setor, semanalmente recebemos informações de produtos que vão ter subidas de preços, subidas bastante acentuadas. Isto tem um impacto no consumidor final, que, cada vez mais, deixa a reparação automóvel fora das suas prioridades.
A médio prazo qual poderá ser o impacto da taxa de inflação muito alto no mercado?
Toda a cadeia está a sofrer com a taxa de inflação, desde a Oficina ao importador. Isto vai resultar em que vários players desaparecem a médio prazo. Com a subida de preços, há pouco serviço nas oficinas. Consequentemente, o revendedor também não vende tanto quanto gostaria, o que leva a que não compremos as grandes quantidades que outrora comprávamos aos importadores. Este é um efeito em cadeia do qual, infelizmente, ninguém estará a salvo. Não irá haver procura para toda a oferta que existe.
Que medidas está a dinamizar para combater esta subida inflacionada nos preços das peças?
As medidas principais são:
– Campanhas em vários produtos, conforme os dados que a nossa equipa de marketing fornece;
– Parceria com uma empresa que apresenta soluções de crédito que beneficiam o consumidor final;
– E, por último, aposta na digitalização. Tentar vender em mercados onde somos competitivos.